Rio Branco, 3 de novembro de 2025.

Eles estão preocupados em perder o “trem”

Que tal iniciar a semana com uma composição de Adoniran Barbosa? Na coluna musical deste segunda-feira, 3, ouviremos um clássico do samba brasileiro oferecida pela Coruja Caboré especialmente a alguns secretários de estado, diretores e cargos comissionados, personagens que após o STJ marcar o julgamento do governador Gladson Cameli para o próximo dia 19, deram um “oi sumida” para a vice-governadora Mailza Assis, e já começaram a cantar: “não posso ficar nem mais um minuto com você, sinto muito amor, mas não pode ser…”

É que dizem as más línguas que o governador será condenado e ficará fora do cargo. Sem Gladson na liderança do governo, essa galera já está pensando que se “perder esse trem, que sai agoira as onze horas, só amanhã de manhã…”

Se eles perderem esse trem, “já era”! E é claro que vão fazer tudo para não perder, pois a perspectiva de poder é o que move o mundo da política. Por isso, essa galera deve estar cantando em coro: “Além disso, (Gladson) tem outra coisa, minha mãe (Mailza) não dorme enquanto eu não chegar… sou filho único (ou pelo menos quero ser a única escolha da Mailza para determinado cargo) e tenho minha casa pra olhar (afinal, o que importa mesmo são os interesses de cada um)…”

Por fim, com a possibilidade de “o trem das onze partir”, vem à tona aquela máxima da política: político sem mandato, nem o vento bate nas costas… enfim, “meu galiera”, como fala a Russa do Acre, é isso: “o que o cabra faz por um político hoje, vai fazer pra outro amanhã, caso o primeiro fique sem mandato.

É cruel, parece ingrato, mas é o meio político, se quiser permanecer nesse ecossistema, ele funciona assim, vide o prof. Carlos Coelho que trabalhou quase 30 anos com senador Sérgio Petecao e hoje “é Márcio Bittar desde menino” e tudo que o Petecão fez, Coelho já esqueceu. Assim é a política, acostuma-se… “sinto muito amor…”

Só um último recado. Lembrem-se que Gladson ainda não foi julgado e nem condenado e nem perdeu seu direitos políticos. Quem está se movimentando para pegar “O Trem das Onze” é melhor ir com cautela. Ninguém pode assegurar que Camelí será condenado, menos ainda, que vai ser afastado do cargo. Permanecendo no Palácio Rio Branco, Camelí pode lembrar de quem entrou no “Trem das Onze” antes dele seguir viagem hehehehe

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Fredson Camargo

Fredson Camargo é jornalista, publicitário, estrategista político e co-fundador do Portal Acre.

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