Rio Branco, 20 de novembro de 2025.

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Felipe Tchê defende adiamento de Plano Diretor e pede estudos de tráfego e impacto de vizinhança em Rio Branco

Parlamentar acredita que Plano Diretor precisa ser melhor discutido na capital acreana: Foto cedida

Em uma sessão da Câmara Municipal de Rio Branco, realizada nesta quarta-feira, 19, o vereador Felipe Tchê (PP) trouxe à tona assuntos relevantes, com foco especial na audiência pública que ocorreu na semana passada sobre o Plano Diretor da cidade. Ele destacou a importância do evento, que contou com a participação de representantes do Executivo, Procuradoria do Município, CREA, Universidade Federal do Acre, Ministério Público e demais parlamentares, classificando-a como uma das mais significativas do ano.

Tchê expressou sua preocupação com a atual versão do Plano Diretor, afirmando que ela ainda não é suficiente para atender às necessidades da cidade. Durante a audiência e em conversas com instituições como Ufac, Fieac, Fecomércio e Cissa, diversas recomendações surgiram e serão encaminhadas à Prefeitura para revisão.

Urgência em estudos de tráfego

Entre as questões levantadas, o vereador enfatizou a falta de um estudo de tráfego atualizado, algo essencial diante do rápido crescimento urbano de Rio Branco. Ele apontou para a construção de três mil apartamentos na principal avenida da cidade, sem planejamento adequado para o trânsito e infraestrutura. “Estamos enfrentando um crescimento acelerado, e a mobilidade urbana deve ser uma prioridade. Precisamos de um estudo de tráfego que nos ajude a ordenar essa situação, já que temos rotatórias congestionadas e, embora novos viadutos sejam uma solução, eles não resolverão todos os problemas”, afirmou.

Tchê planeja solicitar à Prefeitura e aos órgãos de trânsito que considerem medidas técnicas para garantir uma mobilidade urbana eficiente.

Estudos de impacto de vizinhança como prioridade

Outro ponto crucial abordado por Tchê foi a necessidade de implementar estudos de impacto de vizinhança, prática já adotada em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Ele alertou que a verticalização e o crescimento desordenado de Rio Branco geram problemas significativos, como sombreamento de residências, instalação de bares em áreas residenciais, e sobrecarga no sistema de drenagem, que contribui para as alagações recorrentes. “Esses impactos não podem ser ignorados. Precisamos regulamentar urgentemente esses estudos para proteger a população”, defendeu.

Pedido de adiamento da votação do Plano Diretor

O vereador também fez um apelo ao presidente da comissão, Bruno Moraes, para que a votação do Plano Diretor não ocorra este ano. Ele propôs que a discussão seja prorrogada para 2026, possibilitando mais audiências setorizadas e um aprofundamento técnico, conforme recomendado pelo Ministério Público. “Estamos lidando com um assunto complexo e sério. Não podemos apressar essa discussão”, enfatizou Tchê.

Destacou ainda que setores importantes, como a construção civil, devem ter uma participação mais ativa na elaboração do documento final do Plano Diretor, garantindo segurança tanto para os vereadores quanto para a população de Rio Branco.

Reflexão sobre o Dia da Consciência Negra

Além dos temas urbanos, Tchê aproveitou a oportunidade para falar sobre o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Ele ressaltou a importância da data como um momento de reflexão e um chamado à luta contra intolerância, preconceito e discriminação racial. “Devemos nos unir e levantar nossas vozes contra a intolerância e o preconceito”, concluiu.

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