
Mileny Andrade (estagiária), sob supervisão de Leônidas Badaró
Um impasse entre jogadores de futsal e a Gerência de Esportes da Prefeitura de Sena Madureira gerou grande repercussão dentro da comunidade esportiva do município. O caso envolve a participação de uma equipe local em uma competição organizada pela TV Gazeta, cuja inscrição e apoio logístico se tornaram motivo de conflito entre os atletas e o gerente de esportes do município.
De acordo com os relatos dos jogadores, desde o dia 11 de setembro, o grupo tentava contato com a Gerência de Esportes para solicitar que a equipe fosse inscrita oficialmente no torneio. Os atletas afirmam que, após várias tentativas feitas também nos dias 3, 8, 10 e 15 de outubro, não houve retorno concreto por parte da gestão, o que levou o próprio time a custear a taxa de inscrição no valor de R$ 600 e buscar patrocínios locais para viabilizar a participação na competição.
Os jogadores alegam que, após já terem pago a inscrição e conseguido os uniformes por conta própria, foram informados que só poderiam jogar se usassem camisas com a marca da prefeitura, o que, segundo eles, configuraria uma forma de coação. Em áudios compartilhados entre atletas e o gerente de esportes, é possível ouvir discussões sobre o uso do uniforme e sobre a relação do time com a gestão municipal.
“Como a gente não teve uma resposta do gerente, os próprios atletas pagaram a inscrição. E, quando já estava tudo certo para jogar, fomos informados que só poderíamos entrar em quadra se usássemos o uniforme da prefeitura. Isso é coação. Ele é servidor público e não pode agir assim”, disse um dos atletas, que, com medo de retaliação, prefere não ser identificado.
Ainda conforme o relato dos jogadores, a equipe conseguiu transporte e patrocínio para os jogos fora de casa sem ajuda direta da prefeitura. “O gerente se orgulha em dizer que a ajuda da prefeitura foi dar 10 coletes e o espaço da quadra, que é pública. Mas em nenhum momento houve reunião com o prefeito, como pedimos”, completou um dos membros do time.
O caso teria causado desconforto entre os jogadores e, segundo relatos, até a demissão de um atleta após a repercussão do episódio.
Durante uma das transmissões ao vivo da partida, o gerente de esportes também teria feito um comentário que foi interpretado pelos atletas como uma crítica indireta: “Começa errado, dá errado”, disse ele na live, o que aumentou a insatisfação do grupo.
Em resposta, o gerente de esportes, Nael Cunha, conhecido como Gotinha, negou as acusações. Segundo ele, a Gerência de Esportes ofereceu o suporte possível dentro das condições do município.
“Sobre o que está circulando, não condiz com o que foi feito da nossa parte, pois disponibilizamos horários na quadra, entregamos bolas novas, coletes e camisários para a seleção. Também disponibilizamos uma van para o transporte dos atletas na semana do jogo de volta, em Manoel Urbano. Trabalhamos sempre de forma justa e respeitosa com todos os atletas. O que houve foi apenas um impasse com um ou dois jogadores sobre o uniforme, que, inclusive, não fazem parte da equipe de futsal”, afirmou.








