Em entrevista ao Portal Acre nesta quarta-feira, 5, momentos antes da abertura oficial da Semana Internacional do Café (SIC), que acontece de 5 a 7 de novembro em Belo Horizonte, na Expo Minas, o secretário de Agricultura (Seagri), José Luis Tchê, falou sobre as expectativas para os três dias de imersão e compartilhou que empresários italianos sinalizaram interesse no café acreano.

“É um grande incentivo para os nossos cafeicultores. Ontem eu recebi uma ligação de empresários da Itália que querem cinco contêineres de café, então isso mostra que conseguimos ganhar o mundo e que o Acre só tem a ganhar com sua história de luta e também alinhada a preservação”, disse.
Tchê agradeceu o apoio do governo do Acre e do Sebrae nas atividades que buscam consolidar o café acreano no mercado nacional e internacional. “Essa parceria tem nos rendido bons frutos e na semana passada assinamos outro convênio com o Sebrae que, com toda certeza, irá nos ajudar bastante, e ter toda essa estrutura e poder trazer os finalistas do Qualicafé é uma marca desse governo, porque eles com certeza irão adquirir e levar conhecimento”, disse o secretário.
A questão ambiental tem se destacado como um dos principais atrativos que cercam o café acreano, além dos atributos sensoriais característicos do grão robusta amazônico. “Cultivar enquanto mantém a floresta de pé é um grande atrativo e o Acre tem investido nisso, em qualidade, então a gente veio aqui buscar esse momento de troca e cursos, como os de barista, porque o nosso café já tomou uma proporção que permite ampliar as formas de trabalho”.
Para um dos organizadores da Sic, Caio Fontes, a presença do Acre na feira engrandece a imagem do Brasil. “Ter o Acre mais um ano aqui na SIC só engrandece essa força do Brasil em relação aos sabores, culturas, e o estado tem feito um ótimo trabalho em questão de qualidade, de capacitação, e essas especificidades do café agregam muito valor ao produto”.

Henrique Alves, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Rondônia, diz que a capacitação de como manejar o café ainda é um grande desafio, mas que o Acre, mesmo sendo considerado um ‘novato’ na SIC, tem mostrado que a produção está alinhada com a ciência, tecnologia e sustentabilidade.
“A capacitação ainda é um desafio para qualquer cultura e não seria diferente para o café que tem muitas implicações até chegar na xícara perfeita, porque é um trabalho com muitos processos que vai até na escolha da embalagem. E o Acre, apesar da gente considerar um novato aqui na SIC, está trazendo ciência, tecnologia e sustentabilidade, e o café Robusta Amazônico tem um potencial incrível em todo o Brasil e com o Acre tendo terras tão férteis, o clima ideal, o crescimento da cafeicultura vai ser gigantesco”.
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