Rio Branco, 21 de novembro de 2025.

Será que o “Velho Boca” vai colocar o bloco na rua?

Mais uma semana começando e se temos segunda-feira, temos coluna musical! Já ficou claro que além de muito bem informada e de humor ácido, a Coruja Caboré tem um gosto musical refinado e hoje ela apresenta uma canção de Sérgio Sampaio e Erasmo Carlos, composta em 1972, após uma conversa sobre a censura e a falta de liberdade da época, o que motivou Sampaio a compor uma canção expressando o desejo de se manifestar livremente.

E se expressar livremente é a cara do nosso personagem de hoje. Aliás já ouvi dizer por aí que ele “tá com medo”, já ouvi afirmarem que em outras épocas ele “ficou liso” e chegou até receber a “feira” de um de seus atuais adversários ideológicos, aliado em outrora.

Nosso homenageado desta segunda-feira (homenageado sim, pois sair na coluna musical Canta Caboré é uma homenagem! “Há quem diga que não”, “há quem diga que eu não sei de nada”… pois eu digo: homenagem sim”) é um dos políticos acreanos que já  tinha essência “bolsonarista” antes mesmo do Bolsonaro existir na vida pública. O mais convicto em sua lógica, em suas ideias, ações e palavras e isso, algumas vezes, custou muito caro para ele!

Hoje a trilha sonora da coluna Canta Caboré, embala o personagem Tião Bocalom, o velho Boca. Ele que só queria “botar o bloco na rua” (campanha política), mas, que fique claro, somente para prefeito e governador!

E ele sempre colocou “seu bloco na rua”, mesmo sem time, sem apoio e sem dinheiro. E sempre foi muito bem votado e por isso é sempre lembrado. A verdade é que se dependesse de Bocalom ele “fazia isso e aquilo, um quilo mais daquilo, um quilo menos disso”, porque ele é assim.

Tião Bocalom sempre quis todo mundo (da direita do Acre) em seu bloco, contando que o bloco fosse o dele. O Velho Boca, depois de quase uma dezena de eleições perdidas foi eleito prefeito da capital e reeleito no primeiro turno e atualmente demonstra que quer “botar seu bloco na rua” para governador do Acre.

Sem contar que tem muita gente que é contra e ele não tá “nem aí”. Há quem diga que ele, o Velho Boca, tá “dormindo de toca” em sair da prefeitura para ser candidato ao governo, “que ele não é de nada e não pede desculpas” e que não será culpa dele caso perca a eleição do próximo ano.

Mas Bocalom nunca ligou para nada disso. Ele só quer botar o bloco dele na rua, brincar com o povo, gingar com o povo numa campanha eleitoral. O Velho Boca segue tão convicto em suas ideias que o plano de governo dele é o mesmo desde a primeira eleição lá na década de 90. Ele lutou, lutou até, enfim, construir a tal Vaca mecânica, para entregar leite de soja para as crianças da capital. O feito é mais para mostrar aos seus adversários políticos do que para de fato nutrir as crianças, já que hoje existem outras alternativas mais eficazes, gostosas e baratas.

Outro ponto importante a se destacar é que Bocalom cuida dos dele, isso é fato, ao ponto de colocar o ex-vereador João Marcos Luz como secretário de Direitos Humanos e quem acompanha o secretário sabe que é como colocar um elefante numa loja de cristais. Assim como escolher Clendes Vilas Boas para Superintendência de Municipal de Trânsito, sendo que ele não tem condições de vender nem um perfume, quiçá coordenar o trânsito de uma capital de estado. Tem ainda o Paulo Machado que foi secretário de Educação, sendo que nem educação tem, um ser extremamente ignorante no sentido amplo da palavra. Pode “cair o mundo” em cima da gestão do “velho Boca” que ele não larga os seus!

Esse é o Tião Bocalom, o homem que usa como bordão “Se não roubar o dinheiro dar” e vai para seis anos de gestão, trabalhando com um orçamento bilionário e não tem uma denúncia de corrupção. Não tem conversas atravessadas com empresários: “Com Bocalom vendeu, recebeu e não tem outra conversa”, é o que eles dizem para este escriba. Mas será que ele está “dormindo de toca” sendo candidato ao governo? Será que ele vai ter medo quando “o pau quebrar”? Será que o “Durango kid” vai pagá-lo? Enquanto aguardamos as respostas, vamos ouvir uma boa música?

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Fredson Camargo

Fredson Camargo é jornalista, publicitário, estrategista político e co-fundador do Portal Acre.

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