A sessão da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) desta quarta-feira, 2, retomou a discussão sobre os impactos econômicos gerados pela Operação Suçuarana, que atribuiu embargos aos produtores rurais que atuam na Reserva Extrativista Chico Mendes. O deputado Arlenilson Cunha (PL) subiu à tribuna e criticou o governo federal, além de manifestar preocupação com os impactos causados pelos embargos na principal atividade produtiva do estado, a pecuária.

Para o parlamentar do PL, o governo tem adotado uma postura de distanciamento com o Congresso, assumindo uma política ideológica que prejudica o país. “O embargo afeta diretamente a economia do nosso Estado, cujo maior parte do PIB vem da agropecuária, com destaque para pecuária bovina. É lamentável ver que, em vez de buscar soluções, o governo tem recorrido ao Sistema Tribunal Federal para judicializar decisões, ao invés de dialogar com o Congresso, com aqueles que tem voto. A política é, acima de tudo, dialogo”, afirmou.
Arlenilson Cunha também demonstrou insatisfação com o aumento constante dos impostos, falta de medidas para conter os gastos públicos e o distanciamento do governo Lula em relação aos interesses nacionais. “Não é de se esperar muito de um governo que se alinha ideologicamente com ditaduras como China, Rússia e Venezuela, e ainda faz declarações simpáticas a grupos terroristas. O que mais se vê hoje é o governo taxando tudo, sem uma única proposta séria para redução de despesas. Já virou meme: é só mais uma taxa”, declarou.
O deputado também cobrou respostas sobre o número alarmante de queimadas na Amazônia. “Ninguém ouve a Amazonia de verdade. Em 2020, o Acre teve o maior número de focos de queimadas em 15 anos, chegou a 38 mil. A resposta do governo: Nenhuma ação efetiva”, disse.
Para Cunha, a crescente rejeição ao governo federal reflete esse cenário de desgoverno. “Pesquisas mostram que a aprovação é baixíssima. Só 20% ainda apoiam esse governo. O povo do Acre já demonstrou nas urnas que não tem simpatia por essa gestão, pois quase 70% votaram no presidente Bolsonaro. O governo Lula está mais perdido que barco sem vela à deriva em alto-mar”, concluiu.