
Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 8, na sede da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, atualizou o quadro de saúde da recém-nascida Aurora Maria Oliveira Mesquita, que teria sido queimada durante um banho dado por uma técnica de enfermagem no Hospital da Mulher e da Criança Irmã Maria Inete, em Cruzeiro do Sul. De acordo com a secretária, a Sesacre monitora o atendimento diariamente e Aurora Maria Mesquita segue estável.
Ana Cristina Moraes falou sobre a confirmação de que as lesões se tratam de queimaduras e reforçou que os resultados da investigação clínica são necessários para afirmar, com certeza, o diagnóstico.
“A Aurora segue sendo acompanhada, está estável e sendo submetida a curativos na unidade [em Belo Horizonte]. Está evoluindo bem e a gente espera que em breve ela esteja em casa”, disse a secretária.
A técnica de enfermagem responsável pelo banho está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). De acordo com a secretária adjunta, a fase do processo administrativo ainda é de apuração. “Nós estamos acompanhando, mas o Processo Administrativo Disciplinar (PAD)ainda não foi concluído. Esperamos que nos próximos 15 dias se tenha a conclusão do PAD para que a gente possa, efetivamente, definir qual será a resolutividade que vamos dar para essa profissional”, informou Ana Cristina Moraes.
A representante da Saúde afirmou que após o caso, o Hospital de Cruzeiro de Sul tem recebido adequações.
“Nós já iniciamos esse processo, encaminhamos para lá a nossa equipe do Negesp, o núcleo de segurança do paciente, para que fossem feitas adequações no fluxo de atendimento, orientações aos profissionais e construção de alguns protocolos. Estamos com um plano para concluir, máximo em 30 dias, para que a gente feche a remodelação dos protocolos dessa unidade hospital”, garantiu.
Questionada sobre a gravidade das lesões, de forma predominante, nos membros inferiores da bebê, a secretária adjunta explicou que pode ser consequência da imersão das pernas na banheira.
“A gente observa, nas imagens, que existe uma imersão das perninhas por um tempo maior na água. Talvez seja essa explicação. Eu não estou afirmando, porque isso realmente é um diagnóstico muito clínico. Mas a priori, em conversa com a equipe médica lá de Minas Gerais, esse é o apontamento inicial”, explicou.
A família de Aurora Maria Oliveira Mesquita segue recebendo apoio da Sesacre. “Dentro do serviço de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), a gente já tem o pagamento de uma ajuda de custo e nós estamos pagando tanto ao pai como a mãe da Aurora. Estamos pagando a acomodação também, e onde eles estão é bem próximo ao hospital, para que eles possam visitar a filha o tempo inteiro. Mandamos também uma psicóloga, para que fosse feito esse acompanhamento e estamos atentos a qualquer outra necessidade que possa surgir, para que ela seja suprida”.