
Nesta quinta-feira, 10, a Tribuna Popular na Câmara Municipal de Rio Branco recebeu representantes do projeto social Brincar Capoeira que tem como objetivo levar cultura e esporte para comunidades da Baixada da Sobral. A proposta para a Tribuna foi feita pelo vereador Felipe Tchê (PP).
O responsável pelo projeto Denis Cordeiro do Nascimento, conhecido na capoeira como Mestre Vespa, explicou que o projeto existe desde 2015 e, atualmente, está funcionando na Associação de Moradores do bairro Bahia Velha. O projeto tinha parceria com a escola Maria Raimunda Balbino, mas foi retirado pela direção da escola.
“É bom que se diga também, como eu coloquei na plenária, que por falta de algum conhecimento a diretora retirou a capoeira da escola. Nós já estávamos com seis anos fazendo um projeto lá, onde eu atendia 100 crianças diretamente. Agora na Associação a gente está atendendo entre 70 a 80 crianças que já vêm lá de trás e para não ficar sem o esporte eles estão lá com a gente”, destacou Mestre Vespa.
Para fazer parte do projeto, as crianças devem seguir alguns requisitos básicos como bom comportamento, frequência nas aulas e também boas notas. Conforme Denis, apresentar o projeto na Tribuna é importante para trazer mais visibilidade às ações desenvolvidas por eles.
“Estamos agora com esse novo trabalho que é o Brincar Capoeira, mas graças a Deus estamos recebendo vários convites para participar de outras coisas e é muito importante para nós isso. E é isso, é acreditar. O trabalho está começando novamente, começando não, ele é um trabalho que já existe, mas agora com uma cara diferente. Por exemplo, antes eu estava com o mestre Caboquinho no Brasil Capoeira, mas agora como eu tenho a liberdade de ter meu próprio trabalho, já formado mestre estamos agora com o Brincar Capoeira. Esperamos que a gente possa ter mais apoios, mas mesmo assim, sem apoio nenhum ou sem projeto, nós continuamos lá realizando esse trabalho”, pontuou Denis.
“Estamos tentando buscar alguma outra escola, a gente procurou a escola Tancredo Neves, que é ali próximo da Associação, estamos aguardando uma resposta da direção da escola. E quando tivermos essa resposta, a gente vai fazer essa parceria com eles, que é de extrema importância, não só para a escola, mas para a comunidade também”, disse Denis sobre a busca por novas parcerias.
Podem participar do projeto crianças a partir dos 4 anos. Já para adultos não há um limite de idade. Segundo Mestre Vespa, as crianças mais novas começam a fazer atividades mais lúdicas, enquanto os mais velhos têm o treinamento mais avançado.
A Natália Cristina tem o apelido de Mística na capoeira e é aluna do projeto há dois anos. As suas três filhas conhecidas na capoeira como Cinderela, de 12 anos, Beija-flor, de 8 anos, e Formiguinha, de 3 anos, começaram um ano antes dela no projeto. Para Mística, a participação na Tribuna vai ajudar a potencializar o trabalho realizado.
“É muito importante porque visa o esporte, a capoeira, e mais importante ainda é que a gente possa conseguir ajuda para que o trabalho dê mais continuidade, que ele possa abranger mais crianças, adultos, que queiram praticar o esporte”, disse.
O vereador Felipe Tchê (PP) destacou que o objetivo, ao propor a Tribuna, foi mostrar a importância do projeto Brincar Capoeira, principalmente, ao promover esporte, cultura e oportunidade para as comunidades da região da Baixada da Sobral.
“O nosso objetivo principal de trazê-lo aqui é, obviamente, que é enaltecer e parabenizar você (Mestre Vespa) por esse trabalho tão importante lá no Bahia Nova. Quantos jovens, quantas crianças você já não tirou da marginalidade? Então, esse é o nosso objetivo principal aqui, apresentar para todos os vereadores esse projeto enorme e convidá-los a acompanhar uma roda de capoeira do Mestre Vespa”, enfatizou o vereador.