A Expoacre 2025, a maior feira de negócios e de entretenimento do estado, é conhecida por sua capacidade de consolidar marcas já atuantes no mercado e por impulsionar novos empreendimentos, com foco nos pequenos. O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) e deputado estadual, Pedro Longo, Pedro Longo, foi o primeiro entrevistado do Portal Acre desta sexta-feira, 1°, durante a transmissão ao vivo da feira.
Pedro Longo define a festividade como uma oportunidade a quem está dando os primeiros passos. “É uma oportunidade, principalmente, para os pequenos, porque os grandes produtores que já possuem suas marcas consolidadas, eles já tem algo que é rotineiro. Mas para os pequenos, que trabalham com gastronomia, artesanato, com produção agrícola familiar, e a feira é uma oportunidade de apresentar esses produtos e sair com contatos e contratos”, disse o deputado.

O parlamentar também preside a Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo, que tem ganhado espaço no Acre e dentro da Expoacre. Longo destacou as ações da Aleac em busca de melhorar a qualidade de vida e de trabalho dos cooperados.
“Existe no Congresso Nacional uma frente do cooperativismo e em quase todas as Assembleias, existe uma. A Frente Nacional cuida, principalmente, da legislação federal para que as cooperativas sejam contempladas, não sejam prejudicadas em questões tributárias, e aqui nós fazemos a mesma coisa. Quando vai ter licitação em determinado órgão do governo, por exemplo, às vezes até proíbem as cooperativas de participarem e fazemos esse papel de educar e explicar que é um meio legal, uma reunião de pequenos, que quando junta as energias, funcionam muito bem”, acrescentou.
As cooperativas do Acre têm avançado nos últimos anos. Em 2025, o município investiu um espaço próprio para fortalecimento e incentivo à cadeia produtiva do café. “A cooperativa do café é recente, mas já vem se industrializado, um grande investimento. A Cooperacre, por exemplo, é uma das maiores plantas industriais do Acre e eles estão realizando investimentos de R$70 milhões. Para termos uma ideia, a produção de fruta do Acre não é suficiente para a demanda e precisam importar do Nordeste e depois exportar novamente”, reforçou.
Terras embargadas no Acre
O plenário da Assembléia Legislativa recebeu, ao longo dos últimos meses, inúmeros produtores rurais e proprietários de terras embargadas pela atuação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A ação, iniciada no mês de junho, retirou cidadãos e gados de diversos pontos protegidos com o objetivo de combater o desmatamento ilegal e a criação de gado em situação irregular.
“Nós recriamos aquela comissão especial para tratar a regularização ambiental e fundiária e já fizemos, no final do ano passado, algumas leis para facilitar algumas formas de regularização desses produtores e agora vamos retomar esse trabalho. O código florestal permite que estados que possuam 65% de preservação permanente, somados a territórios indígenas e unidades de conservação estadual e federal, possam aumentar a margem de 20% para 50%, desde que se tenha preservação. Com isso, talvez, a gente consiga facilitar a regularização de quem está sofrendo os embargos”, pontuou o vice-presidente.
Pedro Longo citou que uma das recomendações feitas pela Aleac é a revisão do plano de manejo, para que os produtores possam viver do extrativismo dentro de seus territórios, sem que isso atinja uma escala preocupante, mas suficiente para a própria subsistência. “A forma de fazer isso é permitir que haja outras culturas, o café, a soja, a pecuária, claro que não em grandes quantidades, mas de uma forma que as famílias possam ter sua liquidez de forma sustentável”.
Eleições 2026

Em 2026, o vice-presidente será candidato à deputado federal. Pedro Longo adiantou que os detalhes serão deixados somente para o período de janela partidária. “Tenho dialogado com praticamente todos os partidos e recebido convites, mas vamos deixar os trabalhos para março do ano que vem. Mas quem quer disputar eleições, não pode ter receio dos adversários, temos que estar preparados. Alguns terrenos são mais fáceis e outros mais complexos, mas estou preparado para concorrer em qualquer território”.
A decisão de concorrer para o cargo federal é baseada, segundo Longo, pelo limite de atuação e a vontade de atender à população em uma esfera mais ampla. “A legislação que mais impacta a vida das pessoas é feita em Brasília e o que eu penso é, aproveitar o meu conhecimento jurídico, a experiência parlamentar adquirida nesses anos de Assembleia e também o conhecimento da realidade acreana. Eu quero levar essa bagagem para Brasília e acredito que eu possa ser um bom representante do Acre”.