Os vereadores da Câmara de Rio Branco foram alvos de declarações polêmicas do gestor da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans), Clendes Vilas Boas, durante uma entrevista concedida ao programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, nesta quinta-feira, 14. Acusado de assédio moral e sexual, Vilas Boas disse que se instaurada uma investigação, “não restaria um vereador no parlamento”.
Nesta sexta-feira, 15, por meio de nota, Clendes Vilas Boas se retratou com a instituição e com os vereadores. Segundo o superintendente, suas falas foram interpretadas de maneira infeliz.
“Venho a público, em especial à Câmara Municipal de Rio Branco e aos seus vereadores, apresentar minha retratação quanto às declarações prestadas durante participação no programa Gazeta Entrevista, que, de forma infeliz, geraram interpretações generalizadas a respeito da atuação parlamentar”, escreveu.
Vilas Boas reconheceu que a expressão foi inadequada e reforçou que, de nenhuma forma, reflete a forma como enxerga o poder legislativo municipal. “Não é minha intenção desqualificar a importância constitucional da função legislativa de fiscalizar, prevista no art. 31 da Constituição Federal e no art. 23 da Lei Orgânica do Município de Rio Branco”, acrescentou.

Ainda segundo o gestor da RBTrans, sua crítica é a forma como o vereador Eber Machado utilizou à tribuna. “O que quis dizer é que, se instrumento da CPI fosse conduzido nos moldes do ocorrido recentemente, quando um parlamentar utilizou a tribuna para divulgar denúncia anônima e apócrifa, sem prévia apuração pelos órgãos competentes, qualquer agente político estaria sujeito a injustiças e acusações infundadas”, pontuou.
Clendes Vilas Boas pediu desculpas aos parlamentares e afirmou que irá comparecer à Câmara Municipal na próxima terça-feira, 19, para se retratar de forma pessoal e diante da imprensa. “Acredito que a humildade de reconhecer um erro fortalece as relações institucionais e a democracia”, garantiu.
Ao final de seu texto, o superintendente pediu para que as denúncias e acusações direcionadas a eles sejam apuradas, pelos órgãos competentes, de forma imparcial.
“Reafirmo meu desejo de que todas as denúncias e acusações infundadas que vêm sendo direcionadas a mim sejam apuradas pela Polícia Civil, Ministério Público e Poder Judiciário, com total imparcialidade, para que eu possa lavar minha honra e demonstrar que jamais cometi assédio de qualquer natureza. Confio que a verdade prevalecerá e que a justiça será feita”, finalizou.