O Conselho Regional de Medicina (CRM-AC), decidiu cassar o registro profissional do médico Stanley Bittar.
A condenação, por unanimidade, levou em conta o parecer do médico Vigílio Prado, conselheiro relator do processo ético-profissional que transcorre no Conselho Regional de Medicina do Acre e pedia a cassação do exercício profissional de Stanley.
Conforme o relatório obtido pelo Portal Acre, Stanley Bittar foi condenado no processo, denunciado pela paciente Fabyola de Souza Camelo, por divulgar informações sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico.
Bittar também foi condenado pelo exercício mercantilista da medicina. A sindicância o condenou pelo uso comercial e promocional da medicina em oferecimento de gratuidade, descontos, sorteios e financiamento. Inclusive, imagens foram anexadas no processo de um sorteio de um telefone iPhone sendo realizado no perfil do médico com fotos do próprio realizando a entrega do aparelho como prêmio de sorteio, o que é condenável pela ética médica.
Uma das infrações mais graves, no entanto, era que Bittar se apresentava com o título de cirurgião plástico e dermatologista. Ocorre que o médico não possui os registros das especialidades, o que configura crime no Brasil, mais especificamente uma infração ética e passível de processo ético-profissional perante aos Conselho Regional de Medicina.
O processo contra Bittar ocorreu depois de uma denúncia da paciente Fabyola, que teve uma necrose após um procedimento cirúrgico realizado pelo médico.
Em 2020, o CRM do Acre já havia impedido Stantey de atuar na realização de cirurgias plásticas e também de fazer procedimentos médicos pré e pós-operatórios.
A reportagem do Portal Acre conversou com Fabyola Camelo sobre a decisão do CRM. Ela conta que a perda do registro profissional significa justiça.
“É assim, desde 2020 que eu espero por justiça e o momento chegou. Não somente por mim, mas pelas outras vítimas dele que ele fez. Estou muito feliz com a seriedade que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Acre acolheu as denúncias e realmente investigou e tem provas que nada disso foi inventado, que ele realmente pague comigo e com as outras vítimas”, disse.
A decisão ainda cabe recurso.
