Rio Branco, 25 de agosto de 2025.

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O livro resiste: Espaço no Via Verde Shopping incentiva a prática da leitura e se coloca como atividade cultural para todas as idades

Feira do Livro no Via Verde Shopping é um dos poucos lugares em Rio Branco onde leitor pode adquirir publicações físicas: Foto Gabrielly Martins

Com apenas uma livraria em funcionamento na capital, a tradicional Paim, os leitores rio-branquenses recorrem a iniciativas independentes, como os sebos, além de outros meios de promoção à literatura, para ampliar o acesso aos mais variados gêneros disponíveis no comércio local. No Via Verde Shopping, a “Feira do Livro”, localizada em frente ao Cine Araújo, é um dos espaços acreanos que incentiva a leitura e a democratização ao oferecer livros físicos a partir de R$ 15.

Entre enredos de terror, romance, dramas e aventura, o público também encontra gibis, revistas em quadrinhos de super-heróis, livros didáticos, de autoajuda e produções voltadas para o público infantojuvenil, o espaço busca inserir o consumo de livros e a prática de leitura no dia a dia das famílias.

De acordo com a 6ª edição da pesquisa Retratos do Brasil, referência na avaliação nacional do comportamento leitor dos brasileiros, o país perdeu cerca de 7 milhões de leitores em quatro anos e concluiu que mais da metade dos brasileiros não lê, com um percentual de 53%.

Livro infantins introduzem crianças ao universo da leitura: Foto Leônidas Badaró

Segundo Ana Cristina Nascimento, atendente da Feira do Livro, o número de pessoas que realmente compram os livros ainda não é tão significativo.”Muitas pessoas circulam por aqui, olha, principalmente as famílias com crianças, porque acaba chamando atenção, mas pelo menos no período da manhã, onde eu fico, é uma média de 10 pessoas que realmente procuram e compram livros”, compartilha.

A atendente relata que, apesar de trabalhar com obras diariamente, não possui o hábito de ler livros. “Eu gosto de ler, e trabalhar aqui foi uma certa coincidência, mas eu quase não tenho tempo de pegar em um livro e ler, porque a rotina acaba sobressaindo, é muito puxado”, acrescentou.

O professor universitário de Educação Física, Carlos Roberto, é um frequentador assíduo da Feira do Livro e a enxerga como uma ferramenta de democracia e, também, um convite.

“Esse espaço, para mim, é muito interessante, tendo em vista que o acreano não parece gostar muito de leitura. Então é democrático, apresenta várias modalidades, tipos de livros, e eu acredito que realmente veio para ficar, porque eles já estão aqui há muito tempo e eu sempre frequento”, disse.

Carlos Roberto relata que sente falta de uma variedade ainda maior de títulos, o que poderia frear o consumo em plataformas de mercado digital, como a Amazon, e centrar os ganhos para o comércio local. “E aqui tem uma faixa de preço boa, que começa com R$15, mas eu sinto falta de mais livros. Eu acabo recorrendo a Amazon, mas sempre tem um frete, só algumas vezes que é gratuito, mas se tivesse aqui, já seria mais um diferencial, mas eu entendo que é uma proposta diferente e no momento está mais do que ótimo”.

Feira se destaca pelas opções diversificadas e pelo baixo preço dos livros: Foto Gabrielly Martins

Para o educador, o espaço também funciona como uma porta de entrada ao mundo da leitura para as crianças. “Eu tenho uma filha de seis anos e que gosta bastante, principalmente daqueles que têm espaços para desenhar, para colorir, então acho que é interessante colocar esses achados para as crianças”, finalizou.

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