Rio Branco, 2 de setembro de 2025.

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Acre registra redução significativa de 74% nos focos de queimadas em agosto, mas setembro acende alerta pelo histórico

Mileny Andrade (estagiária), sob supervisão de Leônidas Badaró

Apesar da reduçaõ em agosto, setembro é um mês preocupante em relação às queimadas: Foto Marcos Vicentti

O mês de agosto de 2025 encerrou com 517 focos de queimadas detectados por satélite no Acre, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O número representa uma queda expressiva de 74% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 1.997 focos.

Apesar da redução, setembro merece atenção especial. O mês é historicamente o segundo mais crítico do calendário de queimadas no estado. Em 2022, foram 6.693 focos registrados, o maior índice da série recente. Em 2023, esse número caiu para 3.075 focos (redução de 54% em comparação ao ano anterior), mas voltou a subir em 2024, alcançando 3.855 focos, um aumento de 25% em relação a 2023.

Esse histórico mostra que, mesmo em anos em que agosto apresentou números mais baixos, setembro costuma concentrar um maior número de queimadas, o que acende o alerta para possíveis ameaças de incêndio florestal.

Impactos na saúde

A diminuição nos focos de calor, resultante das queimadas, é sentido “na pele” pela população. Neste mês de agosto, diferente de outros anos, o Estado não registrou acúmulo considerável de fumaças nas cidades do estado, o que contribuiu para um histórico menor de procura por atendimento nas unidades de saúde.

As queimadas prejudicam diretamente a qualidade do ar, aumentando casos de doenças respiratórias, como asma e bronquite, além de agravar problemas cardiovasculares e alergias. Crianças e idosos estão entre os mais vulneráveis, e os hospitais geralmente registram maior demanda por atendimentos durante esse período.

Comparativo 2024 x 2025

Entre agosto de 2024 e agosto de 2025, o Acre registrou 1.480 focos a menos, uma redução de 74%. Esse é um dos menores índices de agosto desde 1998. No entanto, o histórico de setembro, com números que já chegaram a ultrapassar os 6 mil focos em um único mês, reforça a necessidade de atenção ao mês atual.

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