
A discussão sobre o reajuste do subsídio do transporte coletivo de Rio Branco continua a render debates na Câmara de Vereadores. Na sessão desta quinta-feira, 11, o líder da base da prefeitura, Márcio Mustafá (PSDB), fez a leitura da retirada do antigo projeto e protocolou a nova proposta enviada pelo Executivo Municipal.
A mudança se deve após questionamentos jurídicos e técnicos levantados pela Procuradoria Legislativa. Com o anúncio do novo projeto a ser analisado, alguns vereadores abriram mão de suas falas no pequeno e grande expediente, o que provocou o esvaziamento da sessão e o presidente da casa, Joabe Lira (União), encerrou a sessão.
Mudanças no projeto
A primeira proposta previa o aumento do subsídio tarifário temporário, pago ao transporte coletivo, de R$ 2,63 passa R$ 3,13 por passageiro transportado e mantendo a tarifa de R$ 4. Além disso, o texto do projeto também estabelece efeitos financeiros retroativos a 16 de junho de 2025.
De acordo com o vereador Fábio Araújo (MDB), o novo projeto apresentado na Câmara traz um impacto de R$ 12, 4 milhões de aumento no valor do subsídio. Esse impacto é referente aos anos de 2026 e 2027. Já do mês de junho a dezembro de 2025, o impacto financeiro é de R$ 7,4 milhões.
“O subsídio saiu do valor de R$ 2,63 por passagem para R$ 3,63. Então, de ontem para cá, o aumento foi de 100%. Porque ontem o pedido de aumento do subsídio era R$ 0,50, hoje chegou com R$ 1. E esse impacto vai dar na casa de quase R$ 13 milhões por ano. Saiu de R$ 8 milhões para quase 13. São cerca R$ 5 milhões a mais”, explicou o parlamentar sobre a principal mudança na proposta.
O vereador também conversou com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Passageiros e Cargas do Estado do Acre (Sinttpac) para entender as principais reinvindicações da classe.
“Para saber para onde vai o restante do valor. O sindicato dos motoristas, vale salientar, que apresentou para nós todos os pedidos desde abril, negociando tanto com a empresa como notificando a prefeitura de Rio Branco. E o acordo que eles entraram de negociação é 7% de aumento no salário mínimo, no salário que eles têm na categoria, e 10% de reajuste no auxílio alimentação. Então, o que a casa quer saber hoje é quanto que dá esse valor, se realmente dá R$ 13 milhões de impacto por ano para esse pagamento”, disse o parlamentar.
Com a retirada do projeto, a previsão é que a pauta entre para a votação no plenário na próxima semana. Enquanto isso, os motoristas de ônibus anunciaram a possibilidade de realizar uma paralisação de advertência nesta sexta-feira, 12, é uma possível greve a partir das próxima semana, caso não haja definição sobre o repasse.