
Servidores temporários do Insitituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) se dirigiram até a sede da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) nesta quinta-feira, 18, com o intuito de ouvir o posicionamento dos representantes do Estado em relação o desligamento de 99 trabalhadores do sistema penitenciário. No entanto, a reunião foi suspensa por falta de quórum.
O deputado estadual Afonso Fernandes (Solidariedade), autor da proposta da reunião, era o único parlamentar presente. Os órgãos convidados, como Casa Civil, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Iapen e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), não enviaram representantes. Os deputados da Casa Legislativa, com exceção de Fernandes, também não compareceram.
Afonso Fernandes lamentou a ausência de autoridades e declarou que o sentimento é de indignação e tristeza. “Infelizmente, pela ausência das autoridades, essa reunião não pode acontecer. E os sentimentos são muitos, mas principalmente de indignação, de tristeza, de não poder ajudar quem precisa. E pior ainda é saber que o poder público não veio aqui, se sentar nesta mesa, nem para dizer que não tem uma solução para essa classe que se dedica tanto a nossa população”, disse o parlamentar.
O deputado ainda acrescentou que acredita que há caminhos para solucionar as demandas dos servidores, e que fará um apelo durante reunião com a Casa Civil, agendada para a tarde desta quinta-feira, 18.
“Eu vou fazer uma apelação, e ver o que podemos fazer para que alguém se prontifique a fazer uma comissão que atenda esses servidores e possam dar uma luz no fim do túnel, porque eu, particularmente, acredito sim que há solução”, acrescentou.
Representante jurídico dos servidores, o advogado Luiz Ribeiro parabenizou Fernandes pelo empenho e criticou a gestão acreana. “Os representantes poderiam estar aqui, não para resolver, mas pelo respeito, para nos ouvir. O governador só nos ouviu uma única vez durante o seu mandato, e isso foi quando estava próximo as eleições. É isso que é governar para o povo? Que fique registrado a nossa indignação e insatisfação”, pontuou.
Para o servidor Kenedy Silva, o poder público ‘virou as costas’ para a causa. “Infelizmente, para a nossa tristeza, o poder público virou as costas para essa classe que tanto defendeu os interesses do Estado e amanhã vão estar no olho da rua. Essa é a resposta do governo para o nosso problema. Mas nós vamos continuar lutando”, finalizou.