
Durante a 80ª edição do Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizada entre 18 e 20 de setembro, em São Paulo, o médico cardiologista Odilson Silvestre, do hospital Silvestre Santé, conversou com o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e um dos principais autores da nova diretriz de hipertensão, Wilson Nadruz.
Nadruz pontuou mudanças relevantes no diagnóstico e tratamento da hipertensão, mas afirmou que a medida ainda conta como 14 por 9.
“O diagnóstico de hipertensão, levando em consideração a medida da pressão no consultório, continua sendo 14 por 9, a modificação foi no que chamamos faixa de pré-hipertensão, que é a faixa onde as pessoas estariam sob maior risco de desenvolver hipertensão e, consequentemente, no futuro, ter mais riscos de ser vítima de um derrame ou infarto”, explica o professor da Unicamp.
Anterior a nova diretriz, a faixa considerava a medida de 13 por 8,5 como indicativo de pré-hipertensão. “Agora é considerado quem tem um número superior ou igual a 12 por 8 e menor que 14 por 9”, reforçou.
Wilson Nadruz ainda complementou que a atualização na medida da faixa de pré-hipertensão é uma forma de alertar os cuidados e incentivar uma rotina com hábitos saudáveis.
“Essa faixa significa um alerta para a pessoa que precisa se cuidar, então quem estiver nela, vai precisar procurar ter hábitos mais saudáveis, perder peso, praticar atividades físicas, parar de fumar e, sempre que possível, medir o colesterol e o nível de açúcar no sangue, para previnir derrames e infartos”, pontuou.
Já para quem possui o diagnóstico de hipertensão, as novas diretrizes também trazem mudanças significativas no tratamento. “Antes, bastava que a medida fosse menor que 14 por 9, agora a meta é que seja menor que 13 por 8, porque os estudos comprovam que a partir desse valor, a população tem mais benefícios e uma redução nos risco de doenças relacionadas”, concluiu.
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