Rio Branco, 16 de outubro de 2025.

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Maior cirurgia de aneurisma de aorta registrada no Acre é realizada em paciente de 63 anos

Cirurgiões realizam a maior cirurgia de aneurisma de aorta do Acre. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Foi realizada, nesta segunda-feira, 6, a maior cirurgia de aneurisma de aorta abdominal já registrada no Acre, na Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo (Fundhacre). O procedimento de alta complexidade beneficiou um paciente de 63 anos e foi conduzido pelos cirurgiões vasculares José Augusto e Rodrigo Mariano, com apoio da equipe do centro cirúrgico da Fundação Hospitalar, em Rio Branco.

O aneurisma de aorta é uma dilatação anormal da principal artéria do corpo humano, responsável por levar sangue do coração para o restante do organismo. Quando atinge grandes proporções, o risco de ruptura é elevado e a cirurgia se torna necessária para salvar a vida do paciente. O caso operado na Fundhacre ultrapassava dez centímetros, sendo o maior já registrado para intervenção no Acre.

O procedimento durou cerca de cinco horas e devido à extensão do aneurisma e suas características, a equipe optou pela técnica aberta, um tipo de cirurgia mais complexa, que requer materiais específicos e estrutura hospitalar adequada. De acordo com os cirurgiões, aneurismas com mais de cinco centímetros já oferecem alto risco de rompimento, e o operado na Fundhacre ultrapassava o dobro disso.

Rodrigo Mariano destacou que o aneurisma é uma doença que pode ser evitada e identificada precocemente com simples hábitos de cuidado e exames de rotina. “A hipertensão e o tabagismo estão entre os principais fatores de risco. São coisas que dá pra evitar: controlar a pressão e não fumar. Também é importante que parentes de primeiro grau façam exames, porque é uma doença que pode ter relação familiar. Detectar cedo faz toda diferença”, alertou o médico.

Segundo José Augusto, o sucesso de um procedimento desse porte depende tanto da cirurgia quanto do acompanhamento após ela: “O cuidado pós-operatório é tão importante quanto o procedimento em si. O paciente precisa de vigilância contínua na UTI, de sete a dez dias, porque o risco ainda é alto nesse período. Depois disso, com o tratamento e o acompanhamento corretos, ele pode retomar a rotina normalmente”.

Para a presidente da Fundhacre, Sóron Steiner, “o procedimento marca mais um avanço para a rede pública de saúde no Acre. Uma cirurgia desse nível mostra o quanto a Fundhacre está preparada e fortalecida. Isso é resultado do investimento do governo do Estado em estrutura, capacitação e na valorização das nossas equipes. Hoje, conseguimos oferecer aqui o que antes só seria possível fora do Acre”, afirmou.

O paciente segue em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Fundhacre, acompanhado pela equipe multiprofissional da instituição.

Com informações da Agência de Notícias do Acre.

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