Rio Branco, 18 de outubro de 2025.

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Café com Amor: um gesto simples que transmite carinho e cuidado para familiares e pacientes em tratamento de câncer no Unacon

Todos os produtos são frutos de doações de empresas e voluntários: Foto cedida

Enfrentar determinadas doenças, como o câncer, é bastante difícil. Ter apoio profissional e emocional, manter um estilo de vida mais saudável e construir uma boa rede de apoio com amigos e família, são algumas das “estratégias” para o longo tratamento.

Com o objetivo de atender pacientes e acompanhantes do Hospital do Câncer do Acre – Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), além de proporcionar qualidade de vida e transmitir amor através do café, que o projeto Café com Amor foi idealizado.

O projeto teve início em 2017 e, apesar dos seus nove anos de existência e só foi interrompido durante a pandemia e a reforma da unidade hospitalar.

“O projeto iniciou há nove anos atrás com a necessidade de atender os pacientes na recepção do hospital. Eles passavam muito tempo lá para serem atendidos e não tinham dinheiro nem condição de comprar, no café, uma comida para se alimentar. E por essa necessidade, nós conversamos com a direção do hospital e pedimos autorização na época para utilizar a recepção do hospital para esse café”, explica o presidente do Instituto Peteleco, responsável pelo projeto, Davinei Cunha, mais conhecido como Palhaço Peteleco.

Após a reinauguração do hospital, Davinei conta que o projeto foi reiniciado e continuou com o mesmo estilo, atendendo um público considerável e sendo realizado a cada 15 dias.

Café com Amor atende cerca de 150 pessoas a cada 15 dias: Foto cedida

“Nós atendemos, a cada café, uma média de 150 a 200 pessoas. Todas as crianças são contempladas porque elas fazem o acompanhamento (no Unacon), o tratamento e vão tomar café conosco, que é prioritário. Além disso, o café também é para os pacientes adultos em tratamento, para os acompanhantes e os funcionários do hospital também são contemplados. Então, é um café que abrange todo esse público”, detalha.

No início, o projeto era realizado somente com recursos próprios do próprio Instituto Peteleco. Porém, com o passar do tempo, Davinei afirma que percebeu a necessidade de conseguir parceiros, amigos, apoiadores e empresários que pudessem ajudar na causa. São diversos voluntários que participam. Na última edição, nesta sexta-feira, 17, quem esteve presente foi a influenciadora Aleksandra Shogenova, conhecia como Russa no Acre.

“Com essa parceria conseguimos contemplar maior quantidade de itens nesse café da manhã. Então, temos várias empresas parceiras do Instituto Peteleco nessa empreitada. No projeto Café com Amor temos o verdadeiro objetivo de atender, de servir com qualidade, proporcionando uma qualidade de vida aos pacientes e aos acompanhantes, além de proporcionar um alimento de qualidade, onde vem a fortalecer fisicamente os pacientes com o nosso café”, enfatiza Davinei.

As doações feitas para o projeto têm como foco os pacientes oncológicos.

Para o gerente administrativo do Unacon, John Lima, essa ação é muito importante para os pacientes e acompanhantes, principalmente aqueles em situação de vulnerabilidade social.

“Então, uma vez no mês, numa sexta-feira, eles trazem e montam essa mesa, dando lanches e alguns itens para os pacientes levarem para casa. O ideal seria se tivesse uma ação dessa todos os dias, porque temos pacientes que vêm do interior, vêm de regiões afastadas e, na sua grande maioria, são pessoas em situação de vulnerabilidade social”, descreve.

Além disso, segundo John, o Café com Amor tem impacto positivo nos pacientes. “Pois ficam felizes e já esperando ansiosamente esses dias de ações, porque podem se alimentar, ficar aguardando o atendimento e voltar para casa bem alimentado”, afirma.

Mas ninguém para falar melhor do que representa o gesto do café de quem é beneficiado. Dona Neuza Amaral, 62 anos, acompanha esposo que faz tratamento de câncer no Unacon.  Ela conta os efeitos do gesto.

Davinei Cunha e esposa (ao centro) iniciaram o projeto em 2017: Foto cedida

“Não é pelo café, a gente toma café em casa, eu tenho o que comer na minha casa, mas é o gesto, é o carinho, porque a gente está fragilizado, mesmo tendo fé em Deus que o meu marido vai ser curado é muito difícil, o câncer é uma doença complicada, então receber esse sorriso, esse pedaço de pão e esse café com leite é muito mais do que um alimento, é um carinho numa situação muito complicada”, conta.

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