Rio Branco, 30 de outubro de 2025.

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Acreano lança livro sobre dança nesta quinta no Theatro Hélio Melo

Felipe começou a dançar aos 12 anos e livro é resultado de sua dissertação de mestrado na UFAC: Acervo pessoal

Fruto de uma trajetória que entrelaça corpo, pesquisa e território, o bailarino e pesquisador acreano Felipe Barbosa lança o livro “Bailarino do Pé Rachado: Aprendizagem e Criação”, escrito em parceria com Valeska Alvim. O lançamento será realizado nesta quinta-feira, 30, às 19h, no Theatro Hélio Melo, com entrada gratuita e várias atrações.

Com linguagem sensível e acessível, a obra mescla memórias, práticas e reflexões sobre o fazer artístico, revelando como a dança pode se tornar ferramenta de aprendizado e transformação. Além dos capítulos teóricos, o livro traz um conjunto de exercícios práticos de dança cênica, acompanhados de QR Codes que direcionam a vídeos produzidos pelo próprio autor — permitindo que o leitor veja e experimente, na prática, as propostas de exercícios.

A obra é resultado da dissertação de mestrado em Artes Cênicas do autor, realizada na Universidade Federal do Acre entre 2019 e 2022. Felipe é natural de Rio Branco, onde começou a dançar aos 12 anos de idade, numa igreja evangélica de denominação batista. Participou de escolas de dança e começou a estudar dança contemporânea em 2012, quando entrou na UFAC, por meio do projeto de extensão em Artes Cênicas “Nóis da Casa”.

O livro é inspirado nessa trajetória e experiências do autor com o corpo, a terra e o cotidiano no Acre, propondo uma reflexão sobre o que acontece quando a dança deixa de ser mera reprodução técnica e passa a ser um espaço de invenção, identidade e memória. “Como pesquisador e artista da dança, sempre olhei para muitos lugares, e isso é parte do trabalho de quem pesquisa: buscar referências onde elas estiverem”, explica Barbosa.

O lançamento de “Bailarino do Pé Rachado” também propõe uma reflexão sobre a ausência de formação formal em dança no Acre e sobre a importância da produção bibliográfica regional. Em um cenário ainda carente de estrutura e políticas de fomento específicas para dança, o livro surge como um gesto de partilha e incentivo à escrita e à pesquisa artística na Amazônia.

“Durante os anos de pesquisa e oficinas, percebi o desejo de muitas pessoas de ter materiais que falassem sobre dança a partir do nosso contexto. Eu sempre li referências e bibliografias de pessoas de outros lugares. Esses textos sempre me ajudaram a pensar a minha dança, o meu movimento e a minha arte. E talvez por isso tenha nascido em mim o desejo de escrever o meu próprio livro, como uma forma de devolver ao mundo algo que também me formou”, explica o autor.

O livro é escrito em parceria com Valeska Alvim, orientadora da pesquisa, Doutora em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB) e docente na Universidade Federal do Acre (Ufac), atuando prioritariamente no curso de formação de professores em Artes Cênicas.

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