Rio Branco, 4 de novembro de 2025.

Sem fronteiras 4

Elzinha Mendonça, uma das poucas vereadoras eleitas em Rio Branco, destaca a importância do voto feminino

A vereadora destacou a importância do Dia da Instituição do Direito de Voto da Mulher
Foto: cedida

A vereadora Elzinha Mendonça (PP) reforçou, durante a sua fala na sessão desta terça-feira, 4, a importância do voto das mulheres na manutenção da democracia, fazendo referência ao Dia da Instituição do Direito de Voto da Mulher, celebrado no dia 3 de novembro.

A vereadora destacou dois pontos sobre essa data: a conquista formal e o desafio permanente. Elzinha iniciou seu discurso fazendo uma abordagem histórica sobre o direito das mulheres em votar. 

“Em 1932, o Código Eleitoral outorgado por Getúlio Vargas reconheceu o direito de votar para as mulheres. Mas é preciso entender que essa conquista não se deu de forma plena e igualitária. O alistamento eleitoral era obrigatório para homens maiores de 21 anos que soubessem ler e escrever, enquanto para as mulheres era facultativo e, pior, só obrigatório para funcionárias públicas.”, disse a parlamentar no início do seu discurso. 

A vereadora lembrou ainda que a disparidade legal da época indicava uma visão que vinculava a cidadania plena à condição masculina, e restringia o papel político das mulheres à margem da sociedade. “A Constituição de 1934 manteve o voto obrigatório para homens e facultativo para mulheres. Somente em 1965, com novo Código Eleitoral, essa discriminação jurídica foi eliminada.”, acrescentou.

A vereadora fez questão de registrar que além de corrigir a letra da lei é preciso lutar contra o legado de exclusões históricas como a sub-representação das mulheres nos espaços de poder, a invisibilidade política, a estrutura patriarcal, dentre outros pontos. 

Elzinha ressaltou a importância do papel desempenhado como vereadora na capital acreana. “No futuro que queremos para nossas meninas e nossos meninos, lembro que a democracia só se fortalece quando todos têm voz ativa, sem condicionamentos e sem restrições veladas. Hoje não basta apenas permitir que uma mulher vote, temos que garantir que ela participe, que seu voto tenha valor, que seu lugar seja reconhecido, que ela possa ocupar os espaços de decisão. Portanto, celebro esta data com otimismo e responsabilidade. Otimismo porque reconhecemos que houve avanço, porque houve mulheres que lutaram, resistiram e transformaram essa realidade”, disse.

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