
Durante a Semana Internacional do Café (SIC), que acontece em Belo Horizonte, Minas Gerais, e é considerada a maior feira de café do mundo, três cafeicultores da região do Juruá deram entrada nesta quinta-feira, 6, no pedido de certificação pelo selo da ABIC, a Associação Brasileira das Indústrias de Café.
O selo atesta a pureza e a qualidade do café, garantindo ao consumidor que o produto não contém adulterações, atende aos padrões de pureza estabelecidos por lei e foi avaliado sensorialmente, certificado.
Ter o selo da BIC representa a possibilidade de ganhar novos mercados. Inclusive, diversos estabelecimentos comerciais como grandes redes de supermercados não aceitam vender café que não tenham o selo da instituição.
Os três produtores deram entrada na documentação no estande da ABIC, acompanhados de Marcos Pereira, coordenador da Secretaria Estadual de Agricultura no Juruá.
“A partir do momento que eles estiverem com o produto deles finalizado e credenciado na ABIC, vão ter acesso a todas as gôndolas de supermercados e mercados não só regionais, mas mercados nacionais. E esse é um selo que os donos de supermercado exigem para que eles possam colocar o produto, mesmo que artesanais nas prateleiras”, explica.
Um dos cafeicultores que deu entrada no pedido de selo da ABIC foi o produtor Messias Robson Nascimento, que produz o Café Porto Walter.

“Muito importante para que meu café tenha novos mercados, o selo da ABIC é a última instância pra quem trabalha com café, algumas empresas só aceitam o café com essa certificação. Eu confio na qualidade do meu café, não tenho nem dúvida que vai ser aprovado porque é um café puro e 100% natural”, explica.
De Cruzeiro do Sul, o cafeicultor Ramon Oliveira também se disse confiante em obter o selo da ABIC. “A partir do momento que o cliente chega na gôndola do mercado, da mercearia e vê aquele selo ali, ele já sente uma confiança mais no produto. Eu não estou preocupado em não passar, porque quando a gente leva para o nosso cliente um café puro 100% café, a gente fica realmente entre aspas despreocupado”, afirma.
João Rebelo, da ABIC, foi quem recebeu os cafeicultores acreanos e explicou o passo a passo que os cafés irão passar para conseguir obter o selo da instituição.
“A primeira etapa é a etapa documental. SE tiver tudo ok, ele passa pela segunda etapa que é a coleta do café, que é a análise, onde eles vão enviar o produto e faremos a análise, e aí precisa dá um percentual de qualidade acima de 4,5, de acordo com a certificação que eles querem. E aí vem a terceira fase, que é encaminhar para a diretoria para uma possível adesão. Se tiver tudo ok, é a ABIC já certifica”, explica.








