Uma das coisas bacanas de ser jornalista, pelo menos, eu assim considero, é o contato que acabo tendo com a população. Na noite de ontem, na fila de um supermercado, fui perguntado por um leitor sobre o governador: “Me diz uma coisa Badaró, o Gladson é tão gente boa como parece ou é só enganação. Com vocês da imprensa, ele é sacana?”. Achei engraçado e perguntei o motivo da pergunta. O cidadão me respondeu que é porque tinha lido algo sobre perseguição no governo, por conta do caso da exoneração do esposo do prefeito de Feijó.
Vamos para resposta
Disse o que costumo repetir a todos que me perguntam. Não lembro, nestas quase três décadas que atuo no jornalismo, de um governador tão democrático e respeitoso com a imprensa como Gladson Camelí. Já fiz dezenas, ou centenas, sei lá, de matérias com críticas e denúncias contra o governo, e nunca recebi uma única ligação do gestor reclamando ou pedindo para tirar material do ar. Nas entrevistas que fiz, algumas bem recentes no Portal Acre, Gladson costuma dizer fora do ar. “Perguntem o que quiserem, falem sobre qualquer assunto”. Não tenho procuração para falar sobre os outros jornalistas, mas, comigo, sempre foi assim. Se roubou ou deixou de roubar, a justiça vai decidir, se é bom gestor, o eleitor que avalie, mas democrático, Gladson é, sem dúvida alguma.
A direita extremista dá sinais de cansaço no Acre
Longe de querer ser o “fodão” da análise política, mas, percebo um movimento interessante ultimamente. O discurso bolsonarista, de extrema direita, que chega a beirar, em algumas ocasiões, a hipocrisia pura, parece começar a cansar o acreano. Não há dúvidas de que Bolsonaro ainda é liderança nacional mais admirada do Acre e se fosse candidato, seria o mais votado pelos acreanos. Mas, já não é como antes, mais ainda com a certeza de que o ex-presidente deve passar. O discurso “Deus, pátria e família” repetido por alguns, mas que não conectam a vida real de quem tanto o repete, já não tem mais o mesmo efeito. É bom quem tem se sustentado politicamente na base do extremismo botar as “barbas de molho” e pensar em outras estratégias.
Exemplo
Um exemplo claro disso é que Jorge Viana, o maior expoente ainda da esquerda no Acre, tem “metido medo” em que representa a extrema direita no Acre para as próximas eleições. Se vai ser eleito, eu não sei, mas que, depois que o PT foi defenestrado do poder, é a candidatura petista expressiva com mais chances de vitória, não tenho dúvida. E se Gladson for impedido pelo STJ de ser candidato, as possibilidades aumentam ainda mais.
DCE da UFAC é outro exemplo
A vitória da esquerda no Diretório Central dos Estudantes da UFAC é outro exemplo. Sim, eu sei que DCE não vai interferir em eleição no Acre, mas a mudança de rumo na instituição é simbólica, já que depois de mais de uma década, a instituição volta a ser comandada por estudantes ligados à esquerda. Vale lembrar que muitas das principais lideranças que fizeram parte da FPA em seus tempos áureos são “crias” do DCE.
Uma dica nestas épocas de pré-campanha
Você que alega que determina liderança política garantiu apoio ao seu pré-candidato, faça uma coisa, pegue uma declaração do cidadão confirmando o que foi acertado na reunião. Por que se não, vira uma guerra de narrativas e o cabra fica sem o apoio prometido e ainda passa por mentiroso hehehehehe
Eu também ficaria igual ao Gemil Júnior
O Gemil Júnior só não fez promessa ainda para São Expedito, que é o santo das causas urgentes, porque é pastor evangélico, mas não há dúvidas de que depois do Alan Rick, é o mais fervoroso torcedor de uma vitória de Rick ao governo do estado. Não é pra menos, Alan se elegendo governador, Gemil Júnior vira Senador por quatro anos e vai ter a oportunidade de trilhar a carreira política que tanto almeja. E logo no Senado Federal. Será que é ruim?
Nicolau diz que atira em uma galinha, mas tem arma para “matar” um elefante
O caro leitor não entendeu nada, né? (hehehehehe) Eu explico. Se você perguntar ao presidente da Aleac sobre eleições do ano que vem, ele é enfático: “Sou candidato à reeleição e isso só muda se for um pedido do Governador”. Aí é onde “mora” o meu confuso título. Nicolau sabe que a sua quase “certa” candidatura à reeleição pode mudar, principalmente, dependendo do resultado do julgamento de Gladson no STJ marcado para a próxima semana. Por isso, faz movimentos políticos para “matar a galinha” que é sua reeleição, já que é um dos francos favoritos a permanecer na Aleac, como se prepara para desafios maiores, um “elefante” que seria uma candidatura ao Senado ou ao próprio Governo do Estado. Suas andanças e conversas pelo interior comprovam o que escrevo.
Gerlen e Mazinho se odeiam, mas se parecem demais
A verdade é que mudou o prefeito, mas o jeito de governar Sena Madureira é o “mermim”. Gerlen Diniz, o atual, e Mazinho Serafim, o ex, são iguais, de sangue quente, sem papas na língua e sem medo de uma confusão. A última de Diniz foi a briga com seu vice, Elvis Dany, que era secretário de Cultura, mas foi exonerado pelo gestor. Nas esquinas de Sena, dizem que tudo foi por conta de um “retrato” que Elvis tirou ao lado do Calixto da Segov. O prefeito não se “cheira” com Calixto. Gerlen já brigou com seus principais apoiadores. Diniz e Mazinho contrariam o clássico “Sampa” de Caetano Veloso. Os dois deveriam se amar, já que um dos principais trechos da canção diz: “É que Narciso acho feio o que não é espelho”. Um é espelho do outro hehehehehe
