
O nível do Rio Acre em Rio Branco subiu quase três metros nas últimas 24 horas, passando de 1,71m para 4,65m na manhã desta sexta-feira, 14. Uma elevação de 2,94m.
No entanto, conforme a Defesa Civil de Rio Branco, a subida repentina se deve as chuvas registradas na Bolívia e no Peru, que influenciam no nível do manancial no Acre.
“Essa situação toda é oriunda de muita chuva que aconteceu no último dia 9 no Peru e na Bolívia e é o tempo que essa água leva para chegar à Rio Branco. É a primeira vez desde abril deste ano que o nível do rio Acre chega a este patamar. Durante todo esse período ele estava bem abaixo, a maior parte do tempo, inclusive, abaixo de 2 metros, como a gente vem acompanhando”, explica Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal.
Apesar de, neste momento, não existir risco de enchente, o aumento repentino do nível do rio já provoca transtornos para os moradores da capital acreana. A Estação de Tratamento de Água I (ETA I), interrompeu a captação de água. Outra preocupação é com a navegação de ribeirinhos. Na noite desta quinta-feira, 13, a Defesa Civil divulgou um alerta para que proprietários de embarcações ancoradas ou navegando no Rio Acre que redobrem atenção, tanto em navegar, quanto em ancorar embarcações.
“Nós já estamos com interrupção de captação de água na ETA I por causa do balseiro e também trazendo muito risco à navegação. Por isso, eu emiti um alerta ontem à noite para embarcações, tanto que estão ancoradas quanto as que estão navegando. Se puder evitar, evitar. E se não puder, ter muito cuidado para não ter acidentes”, explica Falcão.
O coordenador do órgão, no entanto, afirma que as chuvas no Acre, no período, estão abaixo da média, o que faz com que acredite que o rio deve retornar a níveis mais baixos nos próximos dias.
“Nós estamos no mês de novembro, hoje dia 14, com chuvas abaixo da média. Então toda essa situação de aumento de nível do rio não tem nada a ver com as chuvas que têm ocorrido. Essa subida é por conta das chuvas no Alto e também fora do Brasil. A tendência é que retorne para níveis abaixo dos 2 metros, inclusive. A não ser que mude completamente o cenário de chuvas, o que não é previsto”, diz Falcão.








