Rio Branco, 20 de novembro de 2025.

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Mulheres no esporte: acreana de 22 anos coordena conteúdo criativo de página sobre Fórmula 1

O cenário do jornalismo esportivo têm ganhado novos horizontes com produções encabeçadas por jovens por meio das plataformas digitais, como Instagram e TikTok. A estudante de Jornalismo, Susana Bonfanti, de 22 anos, é um desses exemplos. Desde o final de 2022, Bonfanti integra a equipe do Paddockando, um veículo sobre Fórmula 1, a maior competição automobilística do mundo, feito 100% por mulheres. A página acumula mais de 7 mil seguidores somente no Instagram e divulga informações, curiosidades e cobertura completa das temporadas de corridas.

Em 2022, a estudante viajou para São Paulo para assistir o GP de Interlagos. Foto: Arquivo

Em entrevista ao Portal Acre, Susana Bonfanti compartilhou detalhes do primeiro contato com a página. “Conheci o Paddockando bem no início da página, quando uma das criadoras começou a divulgar no Instagram pessoal dela, que eu já acompanhava. Nessa época, eu tinha a minha própria página para falar sobre Hockey e Fórmula 1. No final de 2022, fiz a entrevista para fazer parte do Paddockando e, desde então, participo de forma ativa na criação de conteúdo sobre automobilismo”, detalhou.

Susana registrou momentos do GP de Interlagos, em 2022. Foto: Arquivo pessoal

Para a estudante, o mercado de jornalismo esportivo ainda é extremamente conservador e machista, o que impacta de forma direta a participação de mulheres no segmento. “A gente vê, claramente, que ainda temos poucas profissionais mulheres falando sobre esporte em portais de notícias e em programas de TV. Eu acredito que o jornalismo esportivo local ainda precisa se especializar e crescer mais, porque os poucos profissionais que falam sobre esporte no Acre, fazem no “eles por eles”, pontuou.

Susana Bonfanti é estudante de Jornalismo na Universidade Federal do Acre. Foto: Arquivo

Ainda de acordo com Bonfanti, a liberdade criativa e valorização do esporte são essenciais para o crescimento do setor no Acre.

“Eu acredito que o maior ponto de partida para o jornalismo esportivo crescer no Acre precisa vir da própria imprensa. Como a valorização do esporte no estado ainda é pouca, os profissionais que gostariam de trabalhar nessa área precisam de liberdade criativa para escrever sobre, já que muitas vezes as pautas são de fora, porque se trata de esportes nichados, como é o caso do automobilismo. Claro, é importante dar visibilidade para os times locais, campeonatos pequenos, porque uma vez que a mídia dá destaque, há a chance de outros olhos se voltarem para esses atletas”.

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