Mileny Andrade (estagiária), sob supervisão de Leônidas Badaró
No Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira, 20 de novembro, debates sobre igualdade racial ganham ainda mais força no Acre, estado onde mais de 70% da população se autodeclara negra ou parda, segundo o IBGE. A data evidencia a necessidade de políticas públicas e iniciativas sociais voltadas ao enfrentamento do racismo e à valorização da população negra.
Entre as ações em andamento no estado está a implementação da Política de Promoção da Igualdade Racial, acompanhada por um Conselho Estadual responsável por fiscalizar e orientar práticas voltadas ao tema. Além disso, 14 dos 22 municípios acreanos já integram o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que estabelece diretrizes para combater desigualdades raciais em nível local.
Organizações da sociedade civil também têm atuado de forma ativa. A Associação de Mulheres Negras destaca a conquista de um atendimento psicológico específico para mulheres negras periféricas, público frequentemente impactado por vulnerabilidades sociais e emocionais.

Na educação e em espaços institucionais, palestras e atividades de conscientização sobre gênero e etnia vêm sendo ofertadas em escolas, repartições públicas, unidades prisionais e instituições não governamentais. As ações incluem diálogos formativos e momentos terapêuticos voltados ao fortalecimento emocional e ao empoderamento feminino.
A estudante Michelly Gomes relatou que participar de uma dessas palestras ampliou sua percepção sobre a temática. “Me inspirou a compartilhar essas informações com pessoas que não têm acesso. Às vezes, isso pode ajudar até uma família inteira que desconhece seus direitos”, afirmou.
As iniciativas, somadas, reforçam a importância de enfrentar o racismo de forma contínua e estruturada, em parceria entre governo, instituições e sociedade. A data, além de simbólica, convida a refletir sobre o papel de cada setor na construção de uma sociedade mais justa, diversa e inclusiva.








