Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 15, os deputados André Kamai (PT), Eber Machado (MDB), Fábio Araújo (MDB), Neném Almeida (MDB) e Zé Lopes (Republicanos) afirmaram que vão entrar com ação judicial, para anular a sessão que aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLC) que autoriza o empréstimo de R$ 67 milhões, para a compra de 51 novos veículos para o transporte de Rio Branco.

A sessão aconteceu na quarta-feira, 14, na Câmara Municipal e foi suspensa pela parte da manhã com retorno para a votação à tarde. Os vereadores Eber, Kamai e Zé Lopes, que fazem parte da CCJ, afirmam que não tiveram o direito de participar das discussões.
“Nós consideramos essa sessão de ontem ilegítima. Essa sessão ela é ilegítima, então nós vamos buscar sim, nós vamos entrar com ação judicial para que a gente possa anular essa sessão, porque nós entendemos que teve vicio, principalmente nas comissões”, afirma Eber Machado (MDB), um dos principais nomes da oposição.
Ainda segundo Eber, os parlamentares foram convocados 15 minutos antes de retornar à sessão, que estava marcada para às 15h30. “Nós já tínhamos ido embora, eu, pelo menos, já tinha outras agendas e eu não tinha como desmarca. O sentimento que temos aqui é esta casa ontem sangrou a democracia. Ela retirou o debate legítimo que essa casa tem que fazer. Então o sentimento que eu tenho é que nós fomos literalmente enganados pelo presidente da Câmara”, declarou.
O vereador Fábio Araújo (MDB) explica que o aviso sobre o retorno da sessão foi feita por WhatsApp. “Por mais que não tenha nas gravações da sessão no Youtube, mas o presidente após a sessão, tanto os próprios jornalistas podem dizer que tem matéria do jornal falando isso, que a sessão seria suspensa ontem e só voltaria hoje. E o que aconteceu foi o contrário, (à tarde) uma mensagem (foi enviada) no WhatsApp, onde a gente estava em agenda. Isso é um absurdo”, afirma.

Em entrevista, o presidente da Câmara, Joabe Lira (União), afirma que todos sabiam da urgência do projeto. “Eles já sabiam que a sessão estava suspensa, já sabiam que esse projeto estava tramitando na casa. É um projeto importante, então foi complicado. O prazo era até ontem, então todos já estavam de sobreaviso, então quando foram convidados para vir, acabaram decidindo que não queriam mais fazer sessão e a votação foi feita normalmente”.