Rio Branco, 20 de maio de 2025.

Sem Fronteira

Cadê meu dinheiro? Com fim da Zona Azul, usuários reivindicam ressarcimento

No final do mês de abril, a Empresa Rizzo Parking, responsável pelo estacionamento rotativo no Centro de Rio Branco, conhecido como Zona Azul, anunciou que suspenderia os serviços.

Denunciada por, supostamente, atuar sem o Termo de Recebimento Definitivo (TRD), o que comprovaria a irregularidade na cobrança das tarifas, a empresa negou, afirmado que trabalhava dentro da legalidade.

Serviço da Zona Azul saiu de operação no fim de abril: Foto Reprodução

Na vigência do serviço, existiam duas formas de realizar o pagamento do estacionamento. Diretamente com os atendentes que circularam no perímetro onde o serviço estava instalado ou pelo aplicativo, disponível para smartphones.

E é exatamente o serviço por aplicativo que tem suscitado questionamento entre os antigos usuários da Zona Azul. Com quase um mês após a suspensão dos serviços, até hoje não foi anunciado se, e como será feito o ressarcimento de quem deixou saldo no aplicativo.

Antônio Rosário de Souza, autônomo, é um exemplo. Ele conta que, como vai muito ao centro da cidade por ser vendedor e precisar visitar clientes em comércios, sempre fez muita recarga. Dias antes do anúncio do fim do serviço, afirma que colocou uma recarga de R$ 50 e usou apenas R$ 5. “Eu quero saber o que vão fazer com os meus outros R$ 45. Se eu cadastrei e não usei, não é justo que eu perca meu dinheiro, eu quero saber se vou ser ressarcido”, disse à reportagem do Portal Acre.

Não há uma estimativa de quantos usuários deixaram saldos no aplicativo, mas Antônio faz o questionamento. “Tenho certeza que a maioria das pessoas usavam o aplicativo, até porque nos últimos meses encontrar um funcionário da empresa era a coisa mais difícil. Imagina 30 reais, 10 de outro, 20 de outro, o quanto que não deve ter de saldo. Esse dinheiro não é da empresa”, afirma.

A reportagem não conseguiu falar com Empresa Rizzo Parking sobre um posicionamento. Procurada, a RBTRans, responsável pela fiscalização do serviço não respondeu sobre o assunto.

Questionado pela reportagem sobre o ressarcimento aos usuários, Clendes Vilas Boas, superintendente da RBTrans, disse apenas que o assunto está em Processo Administrativo de Apuração das Infrações de Fornecedores (PAAIF) e, assim que concluso, será enviado à Procuradoria Geral do Município para resoluções finais.

O espaço segue à disposição, caso haja interesse em uma manifestação.

Compartilhe em suas redes

Sem Fronteira