Vamos tentar ser racionais sobre essa história da escola mostrada no Fantástico. Primeiro, é sim, uma vergonha, o que foi apresentado. Segundo, essa conta não pode ser colocada apenas nas costas do Aberson Carvalho, como se não fosse uma realidade que dura há décadas e décadas na educação rural do Acre. Terceiro, é preciso um esforço conjunto para sanar esse problema, levando em conta as particularidades de um estado amazônico como o nosso.
Aproveitamento político
Agora, esse chilique porque Binho Marques, Jorge Viana e companhia estão usando a reportagem para fazer críticas e comparar a educação entre o período petista e agora, é mais do que normal. Natural de quem está na oposição, de quem quer voltar ao poder. Se fosse o contrário, seria a mesma coisa.
Quem lembra da G7?
A oposição, que hoje é situação, não fez um estardalho quando foi deflagrada a Operação G7 na administração Tião Viana? Faz parte do jogo democrático o “aproveitamento” pelos opositores de momentos ruins dos governos.
Socorro Neri fez certo
A deputada Socorro Neri fez mais do que defender seu aliado, Aberson Carvalho, o que é normal. Propôs na Câmara dos Deputados a realização de uma audiência pública para discutir a realidade das escolas rurais e indígenas no Acre. Corretíssima, apenas o ataque e a defesa ao secretário de Educação não vão resolver os problemas.
Nem um arranhão
Se alguém pensa que Aberson Carvalho corre o risco de ser demitido, pode tirar o “cavalinho da chuva”. A avaliação no Palácio Rio Branco é que o saldo do gestor da educação é muito positivo. Mas que teve “fogo amigo” dentro do próprio governo comemorando a “queimação” do colega, teve meRmo.
Aberson vai “pra cima”
Aliás, a postura de Aberson Carvalho nesses dias deve ser a de “enfrentamento” a crise. O entendimento do gestor é que sua administração na SEE tem mais ações positivas do que negativas e que se ficar quietinho no canto vai ser como admitir a culpa.
Vergonha da fábrica de camisinha e ponto para Petecão
Uma das maiores vergonhas de investimento público no Acre é a Fábrica de Preservativos de Xapuri está fechada, o que só mostra a completa incompetência de quem esteve à frente do empreendimento. Conseguiram falir uma indústria que tinha o Ministério da Saúde como cliente pronto para comprar a produção. O senador Petecão esteve com o ministro Alexandre Padilha para tentar viabilizar a reativação da fábrica. Sem dúvida, uma boa pauta. Tão feio quanto, ou pior, só o Complexo de Piscicultura.
O legal e o justo
Legal e justo são coisas diferentes. Não se discute a legalidade da operação do ICMBio que acontece na Reserva Extrativista Chico Mendes, o que se discute é a injustiça que estão cometendo com famílias que estão há anos no local. Nunca foi oferecida alternativa acessível para essas pessoas. O Estado brasileiro se omitiu durante “toda uma vida” e agora vem com a mão opressora, por mais que legal, tirar o sustento de pequenos produtores rurais. Quem conhece aquelas famílias sabe o tanto que está sendo doloroso.
Respeitem a história do Raimundão
A ação do ICMBio acabou respingando em um dos homens mais sérios e corretos que este colunista conhece. Raimundo Mendes de Barros, o Raimundão, é daquelas figuras marcadas por uma história de luta em defesa do povo da floresta. Um homem honrado, concordando ou não com seus posicionamentos. Fazer qualquer ilação contra Raimundão, o envolvendo em uma ação de um órgão federal, no mínimo, é oportunismo barato e falta de vergonha na cara.
Café do Acre tem futuro
Cada vez mais, o Acre dá sinais de que tem no café um potencial econômico enorme. Nestes últimos dias, acontece uma capacitação com técnicos da Embrapa de Rondônia, o concurso do café se consolidou e se transformou em um evento que mostra a qualidade do grão produzido no Acre. Com o solo fértil, assistência técnica e incentivo público não tem como dar errado.
