O principal programa de transferência de renda do Brasil, o Bolsa Família, costuma ser usado como um dos termômetros para o crescimento da economia do país e, consequentemente, de cada estado da federação.
A conta é simples, quanto mais cresce a economia, menos pessoas deveriam depender do programa para sobreviver.
Um estudo divulgado pelo site Poder360, com dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação, junto ao Ministério de Desenvolvimento Social, mostra um panorama de todo o país sobre as famílias que recebem o benefício ao longo dos últimos dez anos.

Conforme os dados, no Acre são quase 133 mil famílias inscritas no programa. Desse total, cerca de 32,4%, o que representa aproximadamente 43 mil famílias, são dependentes do programa há mais de uma década.
Entre os estados da região Norte, o Acre ocupa a quarta posição no ranking de famílias que recebem do programa há mais tempo. O estado com o maior número de famílias é Tocantins com 39,6%, seguido do Pará (34,9%), Amazonas (33,7%), Acre (32,4%), Rondônia (31,3%), Roraima (25,1%) e Amapá (23,1%).
Apesar do número de famílias alto, o Acre está abaixo da média nacional, que mostra que 34,1% das famílias inscritas no Bolsa Família recebem o benefício há mais de dez anos em todo o país. Isso representa cerca de 7 milhões de famílias, entre os mais de 20 milhões de lares atendidos pelo programa em fevereiro de 2025.
Já a região com maior dependência prolongada é o Nordeste, com 38,8% dos inscritos no programa recebendo o Bolsa Família há mais de dez anos. O estado com o maior índice é Alagoas, com 42,7%. O menor é o Distrito Federal, com 3,1%.