Em entrevista concedida nesta terça-feira, 3, o vereador Samir Bestene (PP) disse que vê de forma preocupante as exonerações de nomes indicados por ele na prefeitura.

O prefeito em exercício de Rio Branco, Alysson Bestene (PP), exonerou na segunda-feira, 2, pessoas ligadas ao vereador de cargos comissionados na administração pública municipal.
As exonerações foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) e incluíram servidores que estavam ligados na Secretaria Municipal de Educação (Seme) e na Secretaria de Cuidados com a Cidade (SMCCI). Ao todo, cinco pessoas foram desligadas da prefeitura.
“Ontem teve essas exonerações de pessoas aliadas à nossa caminhada, mas são um par de famílias que também foram para rua balançar a bandeira para gestão Bocalom e Alysson. Então, a gente vê de uma forma preocupante essa situação, até porque são pessoas que defenderam o projeto. E eu estou cumprindo o meu papel de vereador, estou vindo aqui defender todos os projetos importantes para o Rio Branco”, disse o vereador.
Bestene afirmou ainda que não quer acreditar que a decisão da prefeitura tenha partido de discussões abordadas na casa parlamentar, envolvendo a pauta sobre autismo e a implantação da Guarda Municipal na capital.
“Eu não quero acreditar que foi pelo derrubada dos vetos que teve na quinta, que não foi só o vereador Samir, foram 15 vereadores que derrubaram o veto de projetos ligados ao autismo, que é uma pauta muito importante de discutir aqui nessa casa e também da audiência pública sobre a Guarda Municipal, que inclusive é um tema que eu venho tocando desde 2021. Então é um projeto de amadurecimento, espero que a gestão entenda tudo isso, porque essa casa é um poder independente, é um poder que defende os interesses da população”, afirmou.
Perguntado sobre ter saído da base da prefeitura na Câmara, Samir disse que não rompeu com a prefeitura.
“De forma alguma, não falo isso, nunca falei isso. Eu acredito nesse projeto, participei da eleição deles. Desde o começo do Bocalom, a gente estava caminhando junto e venho defendendo aqui os interesses da gestão, mas que seja importante, que são projetos importantes para a nossa cidade”, destacou.
Antes das exonerações ligadas a Samir, a prefeitura já havia afastado outros nomes como a ex-secretária de Educação e tia do parlamentar, Nabiha Bestene. De acordo com o vereador, a decisão partir de um membro da família, no caso o prefeito em exercício, causa certo desconforto.
“São fatos que vêm ocorrendo no decorrer dos meses. O que me estranha muito é porque são pessoas que quando colocaram a expulsão do Bocalom do PP, se posicionaram contra. Foi assim com o vereador Lima, foi assim com o nosso amigo Carrasco, foi assim com a Neiva, foi assim com a Nabiha. Agora é com a minha pessoa. A gente sempre teve lado, nós sempre defendemos o prefeito Bocalom. A gente acredita no projeto dele. E eu espero que esse projeto possa continuar firme, mas a gente sempre esteve aqui colocando à frente os interesses do bem comum, do bem da coletividade”.
Posicionamento do Progressistas
O vereador Aiache (PP), líder do Progressistas na Câmara de Vereadores, disse que o partido está aberto ao diálogo e apoia Samir nesse momento.
“Nós estamos com um diálogo aberto com a Prefeitura, mas qualquer ato contra um vereador do Progressista é um ato contra o partido. Então, nós estamos juntos, estamos juntos e a gente vai começar a abrir o diálogo”, afirmou.
Conforme Aiache, se houver interesse da prefeitura em romper com o partido, eles não vão forçar a aliança. Segundo ele, a decisão é do prefeito.
“Nós vamos construir, nós vamos conversar, estamos conversando e a gente vai chegar a um denominador. Evidentemente que se o prefeito não tiver a vontade de ter nós na base, a gente não pode forçar. É uma decisão do prefeito, nós vamos construir junto, mas nós temos toda a vontade de trabalhar juntos para a nossa população”, concluiu.