Rio Branco, 26 de junho de 2025.

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Pai de bebê que teria sido queimada durante banho em maternidade denuncia atendimento em Belo Horizonte e cobra Sesacre

Nesta quinta-feira, 26, o pai da recém-nascida Aurora Maria Mesquita, Marcos Oliveira, denunciou o atendimento no Hospital João XXIII, localizado em Belo Horizonte, para onde a criança foi transferida via UTI aérea ontem. A bebê teria sido queimada durante um banho dado por uma enfermeira no Hospital da Mulher e da Criança Irmã Maria Inete, em Cruzeiro do Sul, na noite de domingo, 22.

Aurora foi transferida para Belo Horizonte nesta quarta em uma UTI aérea: Foto Ingrid Kelly/Secom

Além disso, Marcos também relata não está recebendo apoio da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).

“Eu saí de Cruzeiro do Sul, achei que ia ser melhor em Rio Branco, foi até melhor um pouco. O secretário (de saúde) falou para nós que iríamos vir para Minas, para um hospital qualificado em queimaduras. Chegou aqui, minha filha foi para uma sala, onde tava todo mundo. A Leidy (mãe da criança) tá lá passando mal, que não teve resguardo de nada, está chorando”, relata o pai da recém-nascida.

Ainda segundo o pai de Aurora, a bebê teve uma queda de temperatura e ele não pode ver a criança. Marcos também cobrou o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, sobre o laudo do tratamento da recém-nascida.

“E eu estou aqui fora jogado, sem ninguém. Não posso entrar. Cadê, doutor? Cadê, doutor? Pedro Pascoal, cadê o que o senhor falou? Que ia ter todo o apoio para nós. Todo o apoio. O senhor me fala aí, o senhor me fala e toda sua gerência. A minha filha está lá, veio para cá para ser tratada como queimadura que o senhor falou. Qual foi o laudo que veio daí? Aliás, que eles (a equipe do hospital) estavam sabendo”, disse.

O pai de Aurora  finaliza o vídeo pontuando que o tratamento na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, foi melhor do que o recebido no hospital de Minas Gerais. Além disso, ele também faz um apelo ao Ministério Público para investigar a atual gestão da Sesacre.

“Eu quero o responsável por isso, eu quero justiça pela minha filha. Minha filha não merece estar ali, não merece estar jogada desse jeito. A gente saiu do Acre, para quê? Então, se lá em Rio Branco, na Maternidade, ela tava sendo mais bem cuidada do que aqui. Eu já chorei tanto, não sei mais nem o que é que eu faço. Só queria que o Ministério Público do Acre, tomasse providência com essa gestão. Não sei mais nem o que é que eu faço. Governador Gladson só peço ajuda para o senhor: ajuda minha filha. Ela não merecia ser queimada por uma irresponsável”, enfatiza.

A reportagem do Portal Acre entrou em contato com a Sesacre, mas o órgão não quis se pronunciar. O espaço segue aberto.

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