O secretário de Agricultura, José Luiz Tchê, foi o primeiro entrevistado do Portal Acre durante a cobertura da Expoacre 2025, a maior feira de agronegócios e entretenimento do estado, que acontece de 26 de agosto a 3 de agosto. A edição celebra 50 anos de existência e promete movimentar a economia acreana e valorizar as cadeias produtivas.
Realizada 20 dias após a Expoacre Juruá, que acontece em Cruzeiro do Sul, a edição riobranquense reúne empreendedores, empresários e clientes em um momento essencial para a prospecção de novos negócios. Segundo José Luiz Tchê, o início das atividades representa um esforço coletivo tanto dos organizadores como dos trabalhadores.
“Para quem vem para o parque só para visitar, não tem ideia do trabalho que há por trás de tudo isso. Quero parabenizar os trabalhadores que estiveram conosco durante esses dias de preparação, da construção civil, dos mecânicos, operadores, é um trabalho árduo e o Parque de Exposições está ficando pequeno para nós, porque falta espaço para os expositores”, disse o secretário.
O sucesso das últimas edições e a grande expectativa para a edição de 2025 tem repercutido a necessidade de deslocar a feira agropecuária para um espaço maior, que possa atender a demanda de público e ampliar o número de estandes.
Outro destaque na Expoacre 2025 é o investimento nas cadeias produtivas acreanas, como café, mel e cacau. Os produtos têm sido destaque nacional e ganham até mesmo o mercado internacional por seus diferenciais competitivos, como o sabor único e região privilegiada de produção.
“A secretaria de Agricultura tem andado bastante para que a gente possa entender [a nossa realidade], porque os produtores rurais são gigantes pela própria natureza, eles sobrevivem, e o que o Governo pode fazer para melhorar? Falando do Café, por exemplo, nós criamos o concurso, que é um meio de dizer para o Brasil e para o mundo, que o Acre produz café de qualidade ao mesmo tempo que preserva a floresta, diferente de Rondônia, que tem 50% de área desmatada, nós temos 15. É um trabalho intenso, mas já chegamos até a feira internacional”, explica Tchê.
O setor cafeeiro é marcado pelo protagonismo feminino. Das 20 marcas comandadas por mulheres produtoras em todo o Brasil, quatro são do Acre.
Além disso, o secretário José Luiz Tchê reforçou a importância de capacitar os produtores. “Não é só fazer o trabalho de plantar café, precisamos capacitar os nossos produtores e produtoras rurais. Terminamos, recentemente, uma em Xapuri, Brasiléia e Epitaciolândia, que acontece colheita após colheita, para garantir a qualidade do nosso produto”, acrescentou.
Acre é referência no setor cacaueiro
O Acre é uma das dez origens de cacau do mundo e possui um cacau nativo que cresce em terras indígenas. A Secretaria de Agricultura esteve presente na Aldeia Extrema, localizada na Terra Indígena Mamoadate, habitada por diversas etnias, entre elas, a Machineri.
“O nosso técnico foi até lá, montou o cocho [estrutura] de fermentação, secagem e fora para a mata, colheram o cacau, e aquele cacau deu cerca de 62kg, onde foi vendido por R$57, o kilo, em Rondônia. É aquilo que falamos, por que o nosso café é diferenciado? Porque a nossa terra é fantástica. Com o cacau não é diferente”.
Como forma de fomentar o setor no território acreano, a Secretaria de Agricultura realizou o seminário “Por que plantar cacau?”, que reuniu produtores de todas as regiões, o que enfatizou a potência do fruto.
