
Foi divulgado nesta terça-feira, 15, os dados da 17ª edição do Ranking do Saneamento com o foco nos 100 municípios mais populosos do Brasil. O estudo é feito pelo Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com GO Associados, e leva em consideração os indicadores mais recentes do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), ano-base 2023, publicado pelo Ministério das Cidades, além de uma ponderação de pesos na evolução dos indicadores.
A capital acreana está entre as cidades analisadas no levantamento e ocupa as piores posições no ranking. O primeiro indicador descrito no estudo é o “Atendimento da População Total com Rede de Abastecimento de Água” do SINISA, que calcula a porcentagem da população total do município que é atendida com abastecimento de água. Neste indicador, Rio Branco apresenta uma nota de 5,37 (53,13) ocupando a 96ª posição no ranking.
O segundo indicador descrito no levantamento é o “Atendimento da População Urbana com Rede de Abastecimento de Água” do SINISA, que mostra qual a porcentagem da população urbana do município é atendida com abastecimento de água. A capital acreana apresenta uma nota de 6,69 (66,19) e também ocupa a 96ª posição no ranking.
Já o terceiro indicador do estudo é o “Atendimento da População Total com Rede Coletora de Esgoto” do SINISA, que mostra qual a porcentagem da população total do município tem esgoto coletado. Assim, quanto maior for essa porcentagem, melhor deve ser a colocação do município no ranking. No caso, a capital acreana apresenta a nota de 2,21 (19,91) e ocupa a 93ª posição.
O estudo segue apresentando, desta vez, indicador de “Atendimento da População Urbana com Rede Coletora de Esgoto” do SINISA, que indica qual a porcentagem da população urbana do município que tem esgoto coletado. Assim como no indicador anterior, quanto maior essa porcentagem, maior será a nota do município no ranking. A cidade de Rio Branco ocupa a 93ª posição e tem uma nota de 2,41 (21,68).
Quando o assunto é o investimento total por habitantes, a capital acreana teve o menor nível relativo de investimentos com R$ 8,10 (0,36) e ocupando o último lugar no ranking. Neste indicador, foi adotado como critério avaliar a média dos investimentos por habitante dos últimos cinco anos e foram considerados não apenas os investimentos realizados pelo(s) prestador(es), mas também os investimentos realizados pelo poder público (estados e municípios). Assim, quanto maior for essa razão, mais investimentos o município está realizando relativamente à sua população.
O levantamento também tem como indicadores as perdas na distribuição e por ligação do SINISA. O primeiro busca estabelecer uma relação entre a água produzida e a água efetivamente consumida mas residências. Já o segundo, é expresso em termos volumétricos e quanto menor esse volume, mais bem classificado o município deve estar. A capital acreana ocupa, respectivamente, a 96ª posição com nota de 4,46 (56,06) e a 92ª posição com nota de 2,61 (829, 02).
No levantamento geral, considerando as 100 cidades analisadas, Rio Branco ocupa a 97ª posição e está entre os 20 piores municípios, que inclui 8 capitais, além da acreana, são elas: Recife (PE), Maceió (AL), Manaus (AM), São Luís (MA), Belém (PA), Macapá (AP) e Porto Velho (RO).
Outros dados
Das 27 capitais brasileiras, somente sete possuem ao menos 99% de abastecimento total de água. Embora a média do indicador seja de 94,11%, a situação no país é bastante heterogênea, pois há capitaos na região Norte, por exemplo, com indicadores próximos ou abaixo dos 50%, como a cidade de Rio Branco que apresenta 53,13%.
O levantamento também apresenta os percentuais de evolução do atendimento total de água, de esgoto, de investimentos, faturamento e perdas nas capitais brasileiras. A capital acreana teve redução de 1,13 pontos de redução no primeiro indicador; 1,74 pontos no segundo; teve o patamar mais baixo em investimento por habitante (R$ 8,09); e a redução de 1,72 pontos nas perdas do faturamento.
Segundo o ITB, a falta de acesso à água potável impacta 16,9% dos brasileiros e 44,8% não possuem coleta de esgoto. Esses dados refletem em problemas na saúde, produtividade no trabalho, valorização imobiliária, turismo e na qualidade de vida da população, impactando profundamente o desenvolvimento socioeconômico do país.