O sistema prisional do Acre vive um momento de questionamentos. Em apenas três meses, 17 presos conseguiram fugir de duas unidades prisionais.
A primeira fuga aconteceu no último dia 19 de junho, quando nove detentos escaparam do Pavilhão “P” do Complexo Prisional Francisco de Oliveira Conde (FOC). Passados sessenta dias, apenas um foragido, foi recapturado.
Exato um mês depois, em 19 de julho, mais seis detentos da FOC realizaram uma nova fuga. Os presos fizeram um buraco em uma das celas do Pavilhão “E” e pularam o muro. Dos seis, dois foram recapturados.
Já neste domingo, 17, mais uma fuga no complexo prisional do Acre foi registrada. Desta vez, na Unidade Penitenciária de Senador Guiomard. Nenhum foi recapturado até o momento.
Ao todo, 17 detentos fugiram em menos de dois meses e apenas 3 foram recapturados pelas forças de segurança, o que representa menos de 18% dos foragidos.
As fugas recentes têm reascendido o debate sobre o baixo efetivo de policiais penais no sistema prisional. Vale lembrar que no dia 7 do mês passado, mais 300 policiais penais se formaram após a conclusão do curso de formação. No entanto, nenhum profissional foi ainda empossado pelo Governo.
Um outro questionamento com as recentes fugas é sobre as condições estruturais das unidades penitenciárias, tanto na capital, quanto no interior.
Procurado, o Instituto de Administração Penitenciária não se pronunciou sobre as recentes fugas e as condições das unidades prisionais e a necessidade de reforço no efetivo de policiais penais. O espaço segue à disposição, em caso de desejo de manifestação.
