
De janeiro a agosto de 2025, os canais de denúncia da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), registraram 495 ocorrências de queimadas na capital acreana, o que evidencia a continuidade de práticas ilegais e nocivas para a população e para a qualidade do ar, como a queima de resíduos nos quintais das residências
Para Marinara Lusvardi, da Semeia, o descarte irregular e queimadas urbanas são, infelizmente, um aspecto cultural da região. “Infelizmente, o queimar lixo é algo muito cultural da nossa região e a gente tenta conscientizar, fazer esse trabalho de educação ambiental, para que a população tenha alternativas e possa fazer o descarte corretamente. Em casos extremos, em que é muito lixo, a Secretaria de Cuidados com a Cidade pode ser acionada para fazer a coleta”, disse.
Ainda de acordo com Lusvardi, o trabalho conjunto com a prefeitura de Rio Branco, também responsável pelas ações de limpeza que auxiliam na diminuição de focos de queimadas, tem sido efetivo.
Segundo a comunicadora ambiental, a Semeia trabalha em duas vertentes: fiscalização e educação ambiental.
“Na fiscalização, é o momento em que recebemos as denúncias e vamos até o local para averiguar e realizar os procedimentos com base na legislação. Aliado a isso, está o trabalho de educação ambiental, que é realizado pela Escola de Educação Ambiental do Horto Florestal, e que é feito com a população em geral e com a comunidade escolar”, reforça.
Entre as principais recomendações, está: o descarte correto, respeitando os dias e horários de coleta; o uso dos Ecopontos pela sociedade e a denúncia de queimadas urbanas, descartes irregulares e outros crimes ambientais.
“É importante frisar que, a partir da denúncia, não é a Semeia que vai dar conta de apagar o fogo. O Corpo de Bombeiros deve ser acionado por meio do 193. As denúncias para que a gente possa responsabilizar os responsáveis pela queimada devem ser feitas por ligação ou WhatsApp, pelo número 68 3212-7466, ou pelo Portal de Denúncias Guardião Ambiental, disponível no nosso site (clique aqui)”.
Marinara Lusvardi reforçou que o cuidado com o meio ambiente é um dever de todos, já que toda a população sobre as consequências das queimadas, principalmente crianças e idosos. “As queimadas afetam toda a população, mas os mais afetados são os grupos em situação de vulnerabilidade, como crianças e idosos, e quem já tem predisposição para alguma doença respiratória. Se a qualidade do ar está ruim, não tem como a população ter qualidade de vida”.