
Em um Workshop realizada nesta terça-feira, 14, com jornalistas acreanos, a Energisa Acre apresentou as estratégias e ações preventivas que são tomadas para enfrentar o período de chuvas no estado, já que é a época de maior instabilidade climática do ano.
O objetivo da conversa é prestar orientações para os profissionais de imprensa cobrirem, de forma assertiva, tais eventos climáticos com segurança. O Plano Operacional de Contingência da Energisa abrange os meses de outubro, novembro e dezembro.
O workshop contou com a técnica de segurança Miriam Moura; com o coordenador da atendimento, Marcos Ribeiro; com o coordenador de planejamento, John Rellysson de Souza; com o gerente de operação, André Amarante; e com o coordenador do Centro de Operação Integrado (COI), Jhony Poças de Freitas. Além disso, o diretor técnico comercial da Energisa Acre, Antônio Matos, realizou a abertura do evento.
Um dos primeiros pontos abordados na conversa se referem aos índices de segurança da comunidade. Os dados aos acidentes e óbitos envolvendo a rede elétrica. Conforme o levantamento apresentado pela Energisa, baseado nas informações repassadas para a empresa, em 2023, houve sete acidentes externos (sendo um fatal e seis outros eventos).
Já em 2024, os dados mostram que houveram 11 acidentes (sendo cinco fatais e seis outros eventos). Além destas informações, também foi apresentado o levantamento da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) feito também no ano de 2024 e que mostra que, no Acre, houveram 22 acidentes, sendo 16 fatais. Segundo o levantamento, o estado teve a maior taxa de mortes por choque elétrico.
A partir destas informações, o gerente de operação, André Amarante, destacou a importância dos cuidados e também alertou sobde os impactos que o choque elétrico tem no corpo. A Energisa atende os 22 municípios do estado e, neste período de chuvas que inicia em outubro, é necessário ter um Plano de Contingência para atuar de forma efetiva e segura ao atender ocorrências.
“A Energisa tem um Plano de Contingência no qual tem etapas com o objetivo de antecipar, recuperar e atuar de forma efetiva nas ocorrências. A Energisa busca, com tecnologia, com equipes preparadas, antecipar informações meteorológicas e nos fornecer um direcionamento de onde atuar e, assim, as equipes são direcionadas para tentar recompor, na grande quantidade, e depois, com equipes em volume maior, nos clientes isolados ou pontualmente desligados. E tudo isso é coordenado pelo Centro de Operação, que está localizado aqui em Rio Branco”, explica Amarante.
De acordo com o gerente, uma das maiores dificuldades nesse período de chuvas é o acesso a comunidades rurais devido as condições dos ramais.
“Uma das nossas maiores dificuldades tem sido deslocar a equipe até os clientes rurais. Para isso, para tentar mitigar o desafio no deslocamento das vias, a Energisa adquiriu veículos especiais, que são os Defenders, veículos canadenses que conseguem ultrapassar e vencer o desafio do terreno ruim, e conseguem levar a equipe até o cliente lá na ponta, o cliente que está mais distante para recompor a energia”, detalha.
Ao todo, são 21 veículos especiais (entre Defenders e quadriciclos) e 6 barcos que auxiliam na modernização da frota. Por isso, muito além do que somente reagir, o Plano de Contingência também se refere a antecipação e preparação para períodos como este.
Investimentos na estrutura
Outro ponto destacado no Workshop se refere aos investimentos em manutenções com inspeção com drones, ações com linha viva (o trabalho é realizado sem a necessário do desligamento da rede, ou seja, os fios ficam energizado) e também a termovisão (que permite verificar os riscos de forma mais precisa.
A Energisa também está investindo em obras de melhoria em circuitos de transformadores de distribuição e na instalação de equipamentos religadores automáticos. Com relação ao melhoramento da rede, os valores somam mais de R$ 40 milhões em investimento para o ano de 2025.
“A Energisa, desde quando assumiu a concessão no Acre, em 2019, já investiu mais de R$ 2 bilhões em estrutura e tecnologias como religadores, que são equipamentos que ficam instalados na rede e conseguem, com o comando, através do Centro de Operação, fazer a recomposição rapidamente, sem necessidade, obrigatoriamente, de uma equipe em campo para poder manobrar uma chave ou o circuito. Além disso, a Energisa tem uma parceria com o grupo Storm, o Inmet, um grupo que tem especialistas em meteorologia e tem uma doutora em meteorologia passa informações quinzenais sobre as condições meteorológicas da região, no sentido de dar informações para que possamos antecipar o contingenciamento”, destaca Amarante.
O gerente de operação complementa ainda. “A Energisa vem se preparando desde o começo do ano, investindo em equipamentos na rede, investindo em manutenções, investindo no preparo e capacitação das equipes, ferramental ou especializado, em equipamentos como drone e câmeras termográficas que dão possibilidade de intervir preventivamente e evitar que no período da contingência de eventos fortes os impactos sejam grandes para o cliente”, acrescenta.
Atendimento Digital
Atualmente, 95% dos atendimentos da Energisa são realizados por meio de canais digitais. A partir disto, também foi reforçado no Workshop a importância da população registrar as ocorrências referentes a energia elétrica para garantir um atendimento eficiente, rápido e seguro.
“É muito importante que, quando houver falta de energia, ou for identificada alguma anomalia na rede, o cliente faça o registro. Para isso tem os nossos canais 0800 e tem o canal digital via aplicativo. É muito importante que o cliente faça o registro, porque a partir desse registro a Energisa consegue identificar os locais onde tem a falta de energia e consegue direcionar as equipes para que a recomposição seja feita de forma mais ágil”, enfatiza.