
Com o intuito de fortalecer as políticas de enfrentamento ao tráfico de pessoas e conscientizar a população acreana sobre o crime organizado nos países fronteiriços, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), promove a partir desta quarta-feira, 22, o 1° Encontro Trinacional Brasil-Peru-Bolívia.
O evento, que segue até a quinta-feira, 23, conta com uma série de painéis temáticos que buscam fortalecer a discussão que visa a formação de ações de repressão ao tráfico e garantir a segurança tanto em território brasileiro como nos países vizinhos.
Para a secretária adjunta da SEASDH, Amanda Vasconcelos, o encontro é de extrema importância para a construção de um relatório preciso e útil, que permita o desenvolvimento de ações e boas práticas em prol da sociedade.
“Esse espaço permite a discussão de como está esse fluxo e saber, de certo, quantas pessoas estão sendo traficadas e que tipo de tráfico. É importante saber se é para o trabalho escravo, para a prostituição, se são menores de idade, porque isso permite que nossas atitudes sejam assertivas e que, também, a gente trate isso de maneira preventiva”, disse a secretária.
Cônsul do Peru no Acre, Pedro Rubin falou sobre a atuação do país no propósito de resguardar vidas e, principalmente, proteger o direito à infância. “O governo do Peru tem uma política muito clara de proteção às pessoas, à infância, e quando a gente pensa em dialogar isso nos países vizinhos, fortalece a ação e faz com que possíveis casos sejam solucionados com celeridade, o que também faz com que os danos às vítimas sejam menores e sua saúde física e mental seja preservada”, pontuou.

Segundo a chefe do Departamento de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos da SEASDH, Maria da Luz França, a expectativa é que os frutos do encontro se estendam a todos os municípios em formato de capacitação. “Se tivermos agentes e multiplicadores dessas boas práticas, podemos intensificar o enfrentamento e garantir a segurança de todos e, principalmente, das populações migrantes, que estão mais vulneráveis”, finalizou.