
Em entrevista no primeiro episódio do podcast do Portal Acre, Um “Dedin” de Prosa, nesta segunda-feira, 20, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), conversou com os apresentadores Leônidas Badaró e Fredson Camargo sobre a possibilidade de ser candidato ao governo do Acre nas eleições de 2026.
O gestor evitou confirmar a pré-candidatura, mas deixou em aberto a possibilidade de disputar o cargo.
“Eu sou candidato a terminar meu mandato. Tenho 107 obras em andamento, que geraram mais de 4 mil empregos e movimentam mais de R$ 400 milhões. E eu estou feliz com isso. Mas política é política, cada momento é um momento. Como dizem, política é como uma nuvem: você olha agora e está de um jeito, daqui a pouco muda”, afirmou.
Apesar da cautela, Bocalom exaltou sua trajetória como gestor, tanto no município de Acrelândia como na capital Rio Branco. Além disso, destacou o desejo de sair da prefeitura com o título de “melhor prefeito” da capital acreana e defendeu que vitórias eleitorais são frutos de “trabalho e projetos”, mas reconheceu que “ninguém se elege sem voto”.
Relação com aliados e pesquisas eleitorais
O prefeito também comentou sobre a aproximação política do atual prefeito de Acrelândia, Olavinho Boiadeiro com o senador Alan Rick (União), cotado para ser candidato ao governo nas eleições de 2026. Conforme Bocalom, não há interferência nas decisões que seu afilhado político toma. Porém, fez questão de lembrar sua importância na trajetória de Olavinho.
“Quem botou ele dentro da política fui eu. Levei para vários lugares, coloquei como candidato. Ele sempre foi um grande gestor dos seus negócios particulares, um homem muito sério, trabalhador e está demonstrando isso na prefeitura de Acrelândia. Mas a cabeça dele é que vai decidir. Eu não vou, de jeito nenhum, colocar uma faca no pescoço de ninguém”, declarou.
Outro ponto abordado na entrevista, foi sobre os dados divulgados pelo Instituto Real Time Big Data, contratada pela TV Gazeta, que mostraram que 56% da população de Rio Branco aprova a gestão de Bocalom, enquanto 42% não aprovam.
Além disso, o levantamento também aponta que Alan Rick aparece com 35% e ele com 23% das intenções de voto para o cargo de governador do estado. Questionado sobre a pesquisa, Bocalom afirmou que recebeu os números com naturalidade.
“A população está vendo o nosso trabalho. Em função do nosso trabalho, evidentemente, que eles lembram, quando falam em governadores, do Bocalom. No ano passado, o senador Alan Rick tinha 55% nas pesquisas e esse ano tem cerca de 30%. Então, eu estou dizendo que as eleições são nuvens: um dia está de um jeito, no outro já mudou”, disse.
Relação com Mailza Assis
Os apresentadores também questionaram o prefeito de Rio Branco sobre sua proximidade com a vice-governadora do Acre, Mailza Assis (PP), pré-candidata ao governo pela Federação União Progressista (UPb). Bocalom relembrou a parceria de longa data e destacou o apoio que recebeu da parlamentar em 2020, quando foi eleito prefeito da capital.
“Minha relação com a Mailza é de muito respeito e carinho. Ela foi minha grande madrinha na eleição de Rio Branco, porque o governador já tinha um compromisso com a prefeita Socorro Neri. Hoje, a candidatura colocada pelo governo é a dela, e eu respeito isso. Porque eu acho que não há nenhum problema ela trabalhar em sua candidatura”, declarou.
Futuro em aberto
Bocalom não confirmou se disputará a vaga para o governo, mas deixou implícito que tudo dependerá do cenário político em 2026. “Esse ano é ano de trabalhar. O ano de discutir eleições é o ano que vem. Vamos ver como vai ficar esse jogo na mesa. O mais importante é que ano que vem será o resultado de tudo”, finalizou.