
Mileny Almeida (estagiária), sob supervisão de Leônidas Badaró
O coordenador municipal de Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, alertou para a gravidade da seca que atinge a capital do Estado o e outros municípios acreanos. Segundo ele, mesmo com o início das chuvas em setembro, os índices estão muito abaixo do esperado.
De acordo com um levantamento do órgão, foram registrados apenas 8 milímetros de chuva neste mês. A média prevista é de cerca de 3 milímetros por dia, o que corresponderia a 30 milímetros acumulados até agora. “Estamos abaixo de um terço do esperado. Se o cenário continuar assim, setembro terá chuvas insuficientes”, afirmou Falcão.
O coordenador destacou que a estiagem é consequência direta da falta de chuvas entre junho e agosto. Só em agosto, a média esperada era de 46,5 milímetros, mas o acumulado foi de apenas 12, sendo 9,4 milímetros registrados no último dia do mês. “Foram praticamente 90 dias sem chuvas significativas. O impacto agora é inevitável”, disse.
Mesmo com o Rio Acre registrando uma elevação pontual, o tenente-coronel esclarece que o índice não reflete a realidade da seca. “Grande parte da água que aumenta o nível do rio vem de outros municípios. Enquanto isso, áreas rurais seguem sofrendo com a falta de abastecimento”, explicou.
Atualmente, a Defesa Civil atende 42 comunidades, de um total de 73 catalogadas, beneficiando cerca de 30 mil pessoas com distribuição emergencial de água.
“A situação é grave, caótica e triste, mas estamos atuando diariamente para reduzir os impactos da estiagem”, concluiu Falcão.
Nesta quinta-feira, o nível do Rio Acre na capital acreana é de 1,74m.