
O secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), João Marcus Luz, esteve presente na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, 10, para participar de uma Audiência Pública para debater sobre a remoção das famílias da região conhecida como Papouco.
Antes do debate, o secretário concedeu entrevista a imprensa e afirmou que, a remoção não se trata apenas de uma ação social, mas também uma medida para enfrentar os problemas de criminalidade na região e levar dignidade às famílias que ali se encontram.
As discussões sobre a transferência dos moradores para o loteamento Rosa Linda, localizado no Segundo Distrito da cidade, vem repercutindo na mídia nas últimas semanas. De acordo com João Marcos, após realizar um levantamento na comunidade, a maioria das famílias concordaram com a mudança para o outro bairro.
“Viemos aqui ouvir as pessoas que estão dizendo que não querem sair. E são a minoria. Nosso relatório é objetivo, 95% das pessoas ouvidas disseram que querem sair. Deixando destacado, que estamos falando de uma área de desmoronamento, sem condições de infraestrutura, com esgoto a céu aberto e onde há exploração de infantil, de idosos e domínio do crime”, afirmou.
Segundo o secretário, a Prefeitura, através do projeto ‘1001 Dignidades’, tem como um de seus propósitos oferecer moradias seguras e com estrutura adequadas para os moradores que vivem em situação precária.
“Nós vamos oferecer dignidade e uma casa boa. Para as pessoas que não querem sair, vamos continuar o diálogo, tentando convencê-las a deixar uma região condenada, com apoio do Ministério Público, da Defensoria Pública, da OAB, da Defesa Civil e do Tribunal de Justiça. Apenas uma minoria resiste à saída, mas vamos continuar dialogando. Não é possível defender que pessoas continuem em um lugar totalmente condenado pela Defesa Civil”, destacou.
O secretário também rebateu uma das principais preocupações dos moradores: os possíveis conflitos entre facções criminosas na área de realocação, especialmente nas proximidades da Cidade do Povo.
“Esse estudo é socioeconômico, e a região do Rosa Linda é aparentemente tranquila. Essa questão é de segurança pública, quem pode dizer isso com detalhes é a segurança pública. Agora, quem disser que é de facção tem que ser preso na hora. Nós não podemos compactuar com o crime. O que queremos é levar dignidade. Além disso, essa ação vai ajudar a resolver um problema histórico de criminalidade no centro da cidade”, disse.
Para João Marcos, a polícia deve agir de forma mais firme na região central da capital acreana. “Tem locais em que 15 malandros ficam parados sem serem incomodados. Isso é caso de polícia, não de assistência social. Direitos humanos são para pessoas direitas”, afirmou.








