O novo episódio do podcast Um “Dedin” de Prosa desta segunda-feira, 17, recebeu o vereador Fábio Araújo (MDB), que falou sobre o trabalho desenvolvido durante o seu mandato e as principais reivindicações que têm sido pauta em seus discursos na Câmara de Rio Branco.
Um dos pontos abordados pelos apresentadores Leônidas Badaró e Fredson Camargo se refere a crise que o transporte coletivo da capital acreana tem enfrentado nos últimos anos. O parlamentar relembrou que foi vice-presidente, durante seu primeiro mandato, da CPI do transporte público.

“Eu acompanhei essa perseguição à empresa A e à empresa B. Veio o decreto de intervenção, foi feita a comissão e o processo para trazer a Ricco para cá e a justificativa sempre foi: as condições serão as mesmas da empresa A e da empresa B. O que foi que aconteceu? Trouxeram a Ricco, deram R$ 800 mil para chegar aqui em Rio Branco, o Tribunal de Contas apurou e deu favorecimento porque era uma situação calamitosa, um serviço essencial. Porém, se coloco na praça que estou contratando uma empresa para trazer 100 carros para cá, dando um aporte de praticamente R$ 1 milhão, eu duvido se não tivesse aparecido no mínimo umas três empresas para concorrer”, descreve o parlamentar.
Conforme Fábio, na época, quando foram realizadas as cotações para a contratação de uma nova empresa para o transporte coletivo, a única a ser consultada foi a Ricco Transportes.
“Se olhar no processo, digo com propriedade porque eu já vi, inclusive estamos aguardando algumas denúncias que fizemos também, está no processo que a dispensa para a contratação foi divulgada no Portal da Prefeitura. Eu já vasculhei todo o portal e nunca vi essa divulgação. Mas eu faço a minha parte, apresento a denúncia”, disse.
O vereador afirmou que não concorda com os subsídios aprovados para a empresa responsável pelo transporte coletivo da capital acreana. Além disso, o parlamentar também apontou a aprovação do empréstimo de mais de R$ 60 milhões para compra de novos veículos para a frota da cidade.
“Não concordo até hoje com todos esses subsídios que foram dados para essa empresa com esse péssimo serviço. E estou falando aqui de R$ 100 milhões ano. Recentemente aprovamos um empréstimo de mais de R$ 60 milhões para comprar cerca de 51 novos ônibus”, destacou.
De acordo com Fábio, a Ricco é a responsável por cuidar de tudo que se refere ao transporte, como a quantidade de passageiros que utilizaram o transporte coletivo, e, devido a isso, todo mês elabora um relatório para que a Prefeitura repasse o subsídio.
“Isso está público, entre aspas. Passamos por um perrengue, mas conseguimos solicitar, por meio de um requerimento, a cópia dos processos de pagamento dos últimos 12 meses. E infelizmente, a tal da licitação, eu falo com propriedade, não existe justificativa alguma para essa licitação estar suspensa”, declarou.
Segundo o parlamentar, a suspensão da licitação se deve ao fato da Ricco Transportes ter questionado o edital por não possuir a planilha de composição de custo atualizada








