O saldo migratório do Acre, que contabiliza o número de entradas e saídas por migração, está negativo. Entre 2017 e 2022, quase 34 mil acreanos deixaram o estado da região Norte com destino a outras regiões do Brasil, o que representa uma perda populacional de 2,86% (-23.744). Os dados do Censo Demográfico 2022 foram divulgados nesta sexta-feira, 27, por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as principais causas para a migração internas está a busca por oportunidades de trabalho, acesso à educação e fuga da marginalização social. O estudo “Migração interna em tempos de crise no Brasil”, dos pesquisadores Ednelson Mariano Dota e Silvana Nunes de Queiros, relata que os impactos das crises vividas no país são dramáticos.
“Os períodos de crise vivenciados nas economias capitalistas são recorrentes e seus impactos são dramáticos, pois dilaceram as condições de vida da população pelo aumento do desemprego, pelo subemprego, pela concentração de renda, pobreza, fome, outros”.
O apontamento dos estudiosos dialoga com os dados que apresentam o grande fluxo de migração interna. Um dos principais destinos dos residentes da região Norte é o Sul do país. De acordo com o levantamento, cerca de 9,8% dos habitantes não naturais são nortistas. Em comparação ao Censo de 2010, no qual o saldo migratório da região Norte estava positivo, com mais de 36 mil pessoas, em 2022, houve uma perda de quase 201,2 habitantes.