A Tribuna Popular realizada na Câmara de Rio Branco nesta quarta-feira, 27, debateu a necessidade de políticas públicas efetivas voltadas para a pessoa idosa. A conselheira do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, e representante da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Marise Lucena, subiu na tribuna para falar sobre a importância do debate sobre o tema.
“A gente vem buscando levar para a sociedade, para o Legislativo, para o Executivo e para o Judiciário, a importância da defesa dos direitos da pessoa idosa. Nós, enquanto conselheiras do grupo, buscamos defender os seus direitos enquanto cidadãos para que reconheçam e nos ajudem a efetivar as políticas públicas voltadas para essa população”, afirmou.

Marise reforçou também o impacto e a relevância que as instituições voltadas para atender a terceira idade.
“Nós temos o Estatuto do Idoso, o Conselho do Idoso, a Defensoria Pública, a Delegacia do Idoso e vários órgãos envolvidos na defesa do direito do idoso, mas concretamente o direito do idoso não vem sendo efetivado pelas políticas públicas. Então, precisamos que as pessoas tomem consciência, entendam que a nossa população está envelhecendo, que em 2035 nós teremos praticamente o dobro da população idosa aqui no estado do Acre e, para isso, tanto o Executivo, quanto o Legislativo e o Judiciário, todos os órgãos na verdade, precisam se preparar para essa demanda que está vindo e que já existe hoje, uma série de problemas que não são atendidos, mas uma população que está vindo à nossa frente e que precisa realmente de uma atenção especial”, declarou.
Outra a falar na tribuna foi a representante da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre (OAB/Acre), Izabel Contreiras, que destacou que instituição sempre prestou apoio tanto na proteção como na prevenção dos direitos da pessoa idosa. Além disso, ressaltou que a OAB e a Abraz possuem uma cadeira no Conselho da Pessoa Idosa.

“A Constituição fala no artigo 230 e o Estatuto da Pessoa Idosa no artigo 3, que a obrigação não é somente da família, mas também do Estado e da comunidade. Então, nós estamos aqui cobrando ao Estado esses direitos para que eles sejam efetivados. Porque na realidade estão no papel, mas precisam dessa efetivação”, destacou.
Para a vereadora Elzinha Mendonça (PP), o debate traz a tona essa necessidade de serem pensadas mais políticas públicas para essa comunidade.
“A população idosa tem crescido. Então, é em torno de 17% a 20% e é necessário nós pensarmos e reforçarmos as políticas públicas voltadas ao idoso, pensando na saúde, no bem-estar, na qualidade de vida. Todos nós vamos envelhecer, não é verdade? Nós precisamos envelhecer com saúde. Se você não faz isso por você, então fica muito mais difícil. E a Câmara Municipal está trazendo esse debate para que possamos sim fortalecer essas políticas voltadas a essa população que tanto precisa”, finalizou.
