As lesões causadas nos pés e pernas da pequena Auroda Maria Oliveira Mesquita foram causadas pela água quente utilizada durante o banho que a recém-nascida recebeu no Hospital da Mulher e da Criança Irmã Maria Inete, em Cruzeiro do Sul, no dia 22 de julho. O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, confirmou que as lesões são queimaduras de 2º e 3º graus.

A informação, dada pelo G1 inicialmente, apresenta a declaração do secretário que se baseia no boletim diário da bebê e que é repassado pela equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte (MG), onde a bebê está internada.
Os relatórios apontam que as lesões de Aurora são queimaduras e não epdermólise bolhosa (diagnóstico de doença levantado pela equipe médica do Acre). Conforme o secretário, as chances da recém-nascida ter a doença são mínimas.
“As características da evolução do quadro levam a concluir que realmente foi queimadura. Ela sofreu queimaduras de 2º e 3º graus”, declarou Pascoal confirmando o diagnóstico.
A família de Aurora apontou desde o início que a bebê sofreu as lesões devido a alta temperatura do banho recebido pela técnica de enfermagem do hospital.
O pai da recém-nascida, Marcos Oliveira, registou um boletim de ocorrência contra a maternidade. A Polícia Civil do Acre instaurou um inquérito e ouviu servidores da unidade e a técnica que deu o banho em Aurora, que também foi afastada do cargo.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) instaurou um procedimento administrativo para investigar a conduta da serbidora. Além disso, o Ministério Público do Acre (MPAC) e o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) também estão investigando o caso.
Com a confirmação de que os ferimentos foram causados pela água quente, a técnica de enfermagem deve ser demitida após a finalização do procedimento administrativo.