Rio Branco, 22 de maio de 2025.

Sem Fronteira

Proposta quer criar Central de Intérpretes de Libras em Rio Branco

Na sessão desta quarta-feira, 21, foi apresentado na Câmara Municipal, o Projeto de Lei (PL) que que cria a Central de Intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em Rio Branco. O projeto é de autoria do vereador André Kamai (PT).

Interpréte de libras em atuação na Câmara de Vereadores: Foto Luís Oliveira/Portal Acre

O objetivo da Central é fornecer a qualquer órgão do executivo municipal e entidades públicas, quando necessário, profissionais habilitados para intermediar a comunicação da pessoa com deficiência auditiva, por meio da utilização da língua de sinais.

A intérprete de Libras, Onélia Abreu, explica que o usuário vai poder se cadastrar no sistema para solicitar o intérprete e ter acesso ao serviço.

“Não é através de agendamento. É a hora que o surdo precisa. Por exemplo, na área da segurança, a hora que o surdo precisar nessa área, ele vai no sistema, aciona esse sistema, vê o profissional que está disponível, o tradutor intérprete de Libras, e aí ele faz esse pedido desse profissional, assim como nas unidades de saúde”, destaca.

Adriano Araújo é surdo e conversou com a equipe do Portal Acre com o auxílio da intérprete Onélia. Segundo ele, é difícil chegar em instituições que não possuam intérpretes para auxiliar na comunicação. “Isso é muito importante, esse projeto de lei, porque hoje a gente sofre. O surdo sofre. É muito ruim você chegar numa instituição, você chegar num setor privado e você não ter uma comunicação, principalmente a saúde.”, pontua.

Conforme o texto do PL, a Central de Intérpretes deve conter equipamentos que possibilitem a transmissão de vídeos ao vivo para os órgãos públicos municipais, com o objetivo de facilitar e garantir a comunicação. Além disso, os profissionais devem ter diploma em Libras.

Segundo o autor do projeto, a intenção dessa lei é garantir o direito da comunidade surda de ser atendida nos diversos serviços prestados em Rio Branco. De acordo com Kamai, a ideia da central é articular a oferta desse serviço e valorizar o profissional que faz a interpretação.

“Então, o projeto de lei fundamentalmente cria as condições para que a prefeitura remunere esse serviço e organize sobretudo essa oferta desse serviço para quem precisa, tanto para quem está no serviço público que precisa atender as pessoas quanto para os surdos que precisam ser atendidos”, explica André Kamai.

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