Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, 22, representantes do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM/AC) prestaram esclarecimentos sobre a resolução que orienta médicos e gestores de unidades de saúde, sejam públicas ou privadas, a não permitirem a realização de internatos em faculdades de medicinas estrangeiras.

O coordenador jurídico do CRM/AC, Mário Rosas, disse que não há um quantitativo de internatos irregulares e que a resolução atende as denúncias feitas ao Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). Mário Rosas acrescentou que a responsabilidade dos órgãos não é regulamentar os espaços, mas fiscalizar e garantir a ética médica.
De acordo com o coordenador jurídico do CRM/AC, Mário Rosas, é de responsabilidade do órgão fiscalizar e garantir a ética médica. Mário Rosas ainda acrescentou que não há um quantitativo de internatos irregulares.
“A nossa responsabilidade é com os profissionais da área que possam estar fazendo ou que estão pensando em fazer parte de um internato que, legalmente, não é reconhecido como um campo de prática no nosso estado”, salientou.
O coordenador jurídico reforçou que as ações do conselho seguem as orientações do Conselho Federal de Medicina.
Segundo a presidente do CRM/AC, Leuda Dávalos, a resolução especifica as instituições não legalizadas, que não são reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), nem pelo próprio conselho. “O internato que nós reconhecemos é da Universidade Federal do Acre (Ufac), Centro Universitário Uninorte e o de uma faculdade particular em Cruzeiro do Sul”, afirmou a presidente Leuda Dávalos.
Ao ser questionada sobre os riscos da permanência de um internato não legalizado, a presidente ressaltou a falta de corpo docente adequado, além de quebra no aprendizado das especialidades. “Um internato exige um corpo clínico e de uma estrutura física com equipamentos médicos adequados e a falta de legalidade, evidentemente, impacta e apresenta um risco para a sociedade, porque não há um monitoramento”, complementou.
Ainda durante a coletiva, Leuda Dávalos respondeu as acusações de que teria feito o internato de sua formação acadêmica de forma ilegal. “Eu fiz o meu internato na Universidade de Pando, na Bolívia, e ao retornar para o Acre, para as regulamentações do Brasil, eu fiz o Revalida, o exame de validação do diploma médico e me regularizei diante a lei”, esclareceu.